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Exportações brasileiras de soja retomam bom desempenho em 2024

As exportações brasileiras da soja recuperaram o fôlego em 2024 e já superaram os volumes registrados no mesmo período do ano passado. No entanto, o cenário para o óleo de soja segue negativo, mantendo a tendência de baixa verificada no primeiro semestre deste ano.

Com uma safra menor, o Brasil ainda projeta alcançar, ou até superar, o recorde de exportações de soja em grão registrado em 2023, mas a receita cambial deve ser impactada pela queda no preço internacional da commodity.

Exportação da soja

Nos primeiros oito meses de 2024, o Brasil exportou 83,4 milhões de toneladas de soja em grão, contra 81 milhões no mesmo período de 2023, um crescimento de pouco mais de 2%. Apesar do volume positivo, especialistas apontam que a receita cambial será menor, reflexo da redução dos preços internacionais e da variação cambial.

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Um ponto de destaque no desempenho das exportações de soja é o Porto de Paranaguá, que registrou um aumento de 11% nos volumes exportados, bem acima da média nacional. Além da eficiência do porto, o crescimento foi impulsionado pela atratividade do prêmio oferecido e pela interligação com regiões como Mato Grosso do Sul, sul de São Paulo, parte de Santa Catarina e áreas do Rio Grande do Sul.

Farelo da soja

O farelo de soja manteve a estabilidade, com um leve crescimento nas exportações, atingindo 15,5 milhões de toneladas até agosto de 2024, comparado a 15,2 milhões no mesmo período de 2023. Esse desempenho é visto como positivo, especialmente porque a Argentina, maior exportadora global de farelo, voltou a competir com o Brasil após ter sofrido quebras de safra nos últimos anos.

Óleo de soja

Por outro lado, as exportações de óleo de soja caíram drasticamente. De janeiro a agosto de 2024, o Brasil exportou apenas 960 mil toneladas, bem abaixo dos 2,35 milhões de toneladas embarcadas em 2023. A expectativa é que o país feche o ano com cerca de 1,3 a 1,4 milhão de toneladas exportadas.

A redução nas exportações de óleo de soja é explicada por dois fatores principais: a menor produção nacional e o aumento da demanda interna, impulsionada pela política de biocombustíveis.

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