domingo, 22 de dezembro de 2024

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Escola de samba vai levar mais de 500 mudas de caju à Sapucaí

O caju é a cara do Brasil. No carnaval do Rio de Janeiro deste ano, o fruto se tornou o tema do samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel “Pede caju que dou… Pé de caju que dá”, assinado pelo ator e humorista Marcelo Adnet e pelo veterano Paulinho Mocidade, dentre outros compositores.

Fruto versátil e tropical, é possível aproveitar tudo dele. A Embrapa, que possui o principal centro de pesquisa sobre o caju no mundo, será representada no desfile da Mocidade por meio da tecnologia dos clones de cajueiro-anão, que deverão fazer parte de um dos carros alegóricos.

Na última quarta-feira (24), na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, aconteceu uma entrega simbólica das mudas que irão compor um dos carros alegóricos da agremiação.

Chefes das Unidades Descentralizadas da Embrapa estiveram presentes.

Os clones desenvolvidos pela Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE) transformaram o cenário da cajucultura brasileira.

Esse legado foi iniciado há 40 anos com o lançamento do primeiro clone comercial de cajueiro-anão, o CCP 76.

As variedades se apresentam como a tecnologia com efeitos mais prolongados na cadeia produtiva.

O Ceará, o Piauí e o Rio Grande do Norte são os maiores produtores de castanha de caju do Brasil.

Clones transformaram o perfil dos pomares

A alta produtividade é a mais importante característica do cajueiro-anão. O principal impacto que a cajucultura tem quando se implementa os cajueiros anões está na produção. Existem clones que produzem por volta de dois mil quilos de castanha por hectare, em regime de sequeiro.

Essa característica tem levado à revitalização dos pomares, por meio da substituição da variedade comum (gigante) por clones de cajueiro-anão em todo o território nacional.

De acordo com as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de pedúnculo em cajueiro-anão é 28,8% maior que a produção em cajueiro comum.

Caju

A cultura do cajueiro é explorada por aproximadamente 170 mil produtores, em mais de 53 mil propriedades, dos quais 70% são pequenos agricultores com áreas inferiores a 20 hectares. Estima-se que a atividade gere em torno de 250 mil empregos diretos e indiretos. Na Região Nordeste, sua importância é ainda maior, pois a demanda por mão-de-obra para a colheita coincide com o período de entressafra das culturas anuais de subsistência, ou seja, o segundo semestre do ano.

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