domingo, 24 de novembro de 2024
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Entidades pedem que governo federal não importe arroz

Entidades catarinenses ligadas à produção de arroz pedem a valorização do cereal nacional e se posicionam contra a importação do grão pelo governo federal. O pleito ocorre em meio às inundações no Rio Grande do Sul, que afetam a produção local.

Para as entidades, a importação trará prejuízos à cadeia produtiva, que já sofre com os problemas climáticos.

Elas afirmam que a produção nacional será suficiente para o consumo interno e que já estão superando os problemas logísticos no Rio Grande do Sul.

“Apesar das grandes dificuldades a serem superadas no Rio Grande do Sul, a expectativa das indústrias e cooperativas é que a cadeia produtiva de arroz consiga ser 100% normalizada em breve, garantindo o abastecimento e segurança alimentar de todo o país, bem como evitando a disparada de preço do produto”, dizem as entidades, em nota.

Leilão de arroz

As entidades pedem ao governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a suspensão do leilão para compra de arroz beneficiado do exterior.

Segundo a Conab, o arroz que o governo importará chegará ao consumidor brasileiro pelo preço máximo de R$ 4 o quilo.

No primeiro leilão, marcado para a próxima terça-feira (21), o governo vai comprar até 104.034 toneladas de arroz importado.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que a iniciativa visa evitar alta nos preços e que o cereal importado não vai concorrer com os agricultores brasileiros.

“O governo federal não pensa, em hipótese alguma, em concorrer com os produtores de arroz que passam por dificuldades. Nosso objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país”, argumentou. “É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas”, explicou Fávaro.

Entidades

Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC), Cooperativa Central Brasileira de Arroz (BRAZILRICE), Associação Catarinense dos Produtores de Sementes de Arroz Irrigado (ACAPSA), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (FETAESC) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) assinam o pedido.

O Rio Grande do Sul e Santa Catarina são responsáveis por mais de 80% da produção de arroz do Brasil. A colheita da safra 2023/2024 está avançada, com 84% da área colhida no Rio Grande do Sul e quase 100% em Santa Catarina.

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