A guerra entre Israel e Irã já começa a se refletir no planejamento da próxima safra de soja brasileira. Segundo análise da StoneX, a instabilidade na região, que abriga importantes produtores e exportadores de fertilizantes, elevou os preços da ureia nos mercados internacionais e acendeu o sinal de alerta para quem ainda não garantiu os insumos.
- Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link!
O Irã, um dos principais fornecedores globais de nitrogenados, reduziu sua produção diante das incertezas. No Egito, outro ponto relevante, a interrupção do fornecimento de gás por Israel paralisou a fabricação de ureia. Como reflexo imediato, diversas ofertas foram retiradas do mercado e os preços subiram nos Estados Unidos, no Oriente Médio e também no Brasil.
De acordo com Tomás Pernías, analista da StoneX, ”o mercado reagiu rapidamente às notícias da guerra, interpretando o cenário como um fator de alta. O momento é desfavorável para quem ainda precisa comprar fertilizantes, especialmente com a aproximação da safra de soja.”
O impacto vai além dos preços dos fertilizantes. A alta do petróleo, intensificada pelas tensões no Oriente Médio, pode elevar os custos de frete marítimo e seguros internacionais, fatores que pesam diretamente sobre o custo de importação para o Brasil, país fortemente dependente de insumos externos.
Com o calendário de plantio da soja se aproximando, a recomendação é clara: produtores devem redobrar a atenção ao mercado de nitrogenados. A volatilidade geopolítica pode dificultar negociações e pressionar ainda mais os custos da próxima safra.