segunda-feira, 7 de julho de 2025

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Cuidado com as vacas na seca garante mais bezerros saudáveis na próxima estação

Durante a seca, o olhar atento do pecuarista sobre o rebanho pode ser a diferença entre uma estação de monta produtiva ou prejuízo na próxima safra de bezerros. A saúde reprodutiva das vacas no inverno, especialmente no terço final da gestação, exige atenção redobrada. Para um planejamento sanitário eficaz e para garantir a saúde reprodutiva do seu rebanho, assista à entrevista completa abaixo!

O programa Giro do Boi desta segunda-feira (7) trouxe uma entrevista esclarecedora com o médico-veterinário Thiago Pantoja, assistente técnico da Zoetis, que deu um panorama completo sobre os cuidados essenciais nesse período crítico.

O desafio da seca para vacas prenhes

O inverno tem castigado o Mato Grosso do Sul com geadas e pastagens secas, reduzindo a oferta de nutrientes justamente no momento em que a maioria das fazendas está com vacas prenhes.

A perda de escore corporal nessa fase pode comprometer não só a parição como também a reconcepção para a próxima estação de monta, que se inicia na primavera.

“É fundamental que as vacas cheguem ao parto com boa condição corporal. Isso facilita a reconcepção e aumenta as chances de emprenhar cedo na estação seguinte”, alertou Pantoja.

Vacinação e vermifugação na reta final da gestação

Lote de novilhas para a estação de monta. Foto: Divulgacao

Entre as recomendações sanitárias mais importantes, o veterinário destacou a vacinação contra leptospirose, IBR e BVD, que previnem perdas gestacionais no terço final da prenhez.

Outro ponto crucial é a vermifugação estratégica, aplicada quando necessário para garantir a sanidade intestinal e a absorção de nutrientes.

Pantoja também ressaltou o papel do manejo racional, ou seja, cuidar da vacada com tranquilidade, evitando estresse e gritaria durante os procedimentos.

“A vacina não causa aborto, mas o manejo incorreto pode provocar perda de prenhez. O bem-estar animal é prioridade.”

Logo após o nascimento, é essencial garantir que o bezerro mame o colostro, rico em anticorpos que protegem contra infecções nos primeiros dias de vida. O tratamento do umbigo com iodo ou produtos específicos, como o Umbicura, também é indispensável.

IATF como estratégia para mais bezerros do cedo

Botijão com semen bovino para os protocolos de IATF na fazenda. Foto: ReproduçãoBotijão com semen bovino para os protocolos de IATF na fazenda. Foto: Reprodução
Botijão com semen bovino para os protocolos de IATF na fazenda. Foto: Reprodução

A partir do terceiro ou quarto mês pós-parto, as vacas entram em recuperação hormonal. Nesse momento, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) se torna uma aliada poderosa.

A técnica concentra os partos, aumenta o número de bezerros do cedo – que são mais pesados na desmama e mais valiosos no mercado – e melhora os índices de fertilidade.

A Zoetis, referência em biotecnologia reprodutiva, oferece protocolos adaptáveis a cada realidade de fazenda. O veterinário reforçou a importância de um bom planejamento reprodutivo com orientação técnica.

“Não existe fórmula mágica. A escolha do protocolo ideal depende de escore corporal, manejo, sanidade e genética do rebanho.”

Investir em sanidade é investir no futuro da fazenda

Lote de vacas e novilhas em área de pasto. Foto: ReproduçãoLote de vacas e novilhas em área de pasto. Foto: Reprodução
Lote de vacas e novilhas em área de pasto. Foto: Reprodução

O recado final de Thiago Pantoja é claro: quem cuida da vaca agora, garante o bezerro do futuro. A seca é um desafio, mas com planejamento, assistência veterinária e boas práticas de manejo, o produtor consegue atravessar esse período com segurança.

A semana do Giro do Boi promete mais conteúdos técnicos voltados à reprodução na seca, ajudando o produtor rural a tomar decisões mais assertivas.

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