Nos primeiros seis meses do Plano Safra, o crédito rural registrou um aumento significativo, com desembolsos totalizando quase 249 bilhões de reais, um valor 16% superior ao mesmo período do ano anterior. O cenário atual apresenta desafios para os produtores, com quebra de safra e preços em queda.
O diretor comercial da Terra Magna e especialista em Crédito Rural, David Télio, destaca que em 2023, mesmo com uma produção agrícola robusta, os preços das commodities sofreram uma queda abrupta. Isso resultou em dificuldades para alguns produtores honrarem suas contas, levando a um aumento na demanda por crédito.
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Com a estimativa de uma produção menor e preços ainda em declínio, a necessidade de crédito para a aquisição de insumos na safra 2023/2024 torna-se crucial. Télio alerta os produtores a não deixarem para negociar suas dívidas no momento da colheita, incentivando a antecipação das conversas com os credores para garantir as melhores condições.
O especialista também expressa apoio à proposta de criação de uma linha de crédito para renegociação de custeios em dólar. Essa medida, segundo ele, permitiria aos produtores acessarem financiamentos com juros mais baixos, considerando a dolarização dos principais produtos agrícolas, como soja, milho, café e algodão.
Diante do atual contexto desafiador, ele destaca a importância da operação de barter, uma troca de insumos por grãos, como uma estratégia fortalecida. Ele ressalta que essa operação, quando realizada em dólar, oferece uma garantia sólida aos credores, facilitando o acesso ao crédito para os produtores.
O especialista finaliza enfatizando que, com as mudanças nas condições de mercado, é fundamental que os produtores busquem soluções e antecipem negociações para enfrentar os desafios da atual temporada agrícola.