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COP16 reforça urgência de integrar biodiversidade na produção agrícola, diz FAO

Na Conferência de Biodiversidade da ONU (COP16), realizada em Cali, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) destaca a necessidade de integrar os sistemas agroalimentares nas estratégias de biodiversidade dos países. O encontro foca em ações concretas para alcançar os compromissos estabelecidos na COP15, que visam garantir a preservação da biodiversidade e, simultaneamente, uma produção agrícola sustentável.

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Em um contexto onde uma em cada 11 pessoas enfrenta a fome, a FAO alerta que, sem a preservação da biodiversidade, a capacidade de alimentar a população global de forma sustentável está ameaçada. “Os sistemas agroalimentares são essenciais para enfrentar os grandes desafios relacionados ao clima, biodiversidade e manejo da terra”, afirma Kaveh Zahedi, diretor do Escritório de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Meio Ambiente da FAO. Segundo ele, esses sistemas precisam ser priorizados em acordos ambientais e estar plenamente integrados às estratégias nacionais.

A COP16 também lança a publicação “Cumprir o Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal por meio dos sistemas agroalimentares”, que detalha como a agricultura e a pecuária podem contribuir para a restauração de ecossistemas, redução de poluição e proteção de recursos genéticos essenciais.

Iniciativas e próximos passos

Durante a cúpula, a FAO apresentou a “Iniciativa de Apoio às Agri-NBSAPs”, que auxiliará 15 países a desenvolverem políticas inovadoras para práticas agrícolas que favoreçam a biodiversidade. Outro destaque foi o lançamento de um projeto para restaurar 100 milhões de hectares de terras degradadas na África até 2030.

O relatório “Impactos da Biodiversidade nas Contribuições Determinadas a Nível Nacional nos Sistemas Agroalimentares”, que será publicado em breve, também discutirá como as práticas agrícolas podem atuar na adaptação e mitigação climática.

Para Zahedi, a restauração do solo é uma das soluções-chave. “A recuperação de terras degradadas tem o potencial de aumentar a biodiversidade, melhorar a captura de carbono e ampliar a produção agrícola”, reforça o diretor da FAO, destacando o papel estratégico dos sistemas agroalimentares para um futuro mais sustentável.

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