Pecuaristas, o manejo sanitário é a chave para o sucesso do confinamento. Quando o gado chega de longas distâncias a um ambiente novo, o estresse, a poeira e as variações de temperatura podem abrir portas para doenças. Implementar um protocolo sanitário no cocho eficaz é o segredo para reduzir a mortalidade, garantir a saúde dos animais e aumentar a lucratividade da sua fazenda. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Em uma reportagem especial no Boitel JBS de Guaiçara, no estado de São Paulo, o Giro do Boi entrevistou Mateus Reis, da Foco Consultoria. Ele detalhou o protocolo de entrada que transforma o recebimento do gado em uma experiência de “tapete vermelho”, com foco no bem-estar e na prevenção.
O protocolo de entrada: prevenção e bem-estar

A recepção dos animais no confinamento é a primeira e mais importante etapa do protocolo sanitário. A equipe da JBS, totalmente capacitada, realiza um trabalho focado no bem-estar animal para:
- Hidratação e nutrição inicial: Os animais recebem água e feno na chegada, o que ajuda a baixar o nível de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta a resposta imune às vacinas.
- Vacinação e vermifugação: Os animais são levados a um brete de contenção para receber vacinas contra os principais desafios do confinamento (doenças respiratórias e clostridioses) e vermífugo para parasitas internos e externos.
Esse protocolo de entrada padronizado é crucial para combater as doenças que mais matam no confinamento. O manejo cuidadoso, que minimiza o estresse do animal, é fundamental para o sucesso das aplicações e a eficácia das vacinas.
Acompanhamento e diagnóstico para a redução de perdas


O trabalho da sanidade não para na entrada. A equipe de ronda acompanha os animais diariamente para identificar e tratar enfermidades a tempo, evitando óbitos. A Foco Consultoria auxilia nesse processo com indicadores de desempenho e o monitoramento rigoroso do rebanho.
As ações de acompanhamento incluem:
- Treinamento da equipe: A equipe é treinada para fazer o diagnóstico precoce e identificar os animais que precisam de tratamento, com foco na observação de sinais sutis de doença.
- Necropsia: A equipe faz a necropsia em 100% dos animais que vêm a óbito para entender a causa e ajustar os manejos necessários, corrigindo falhas no processo.
- Sinergia com a nutrição: As equipes de sanidade e nutrição trabalham juntas e de forma integrada. Se o consumo de ração em um lote diminui e a morbidade aumenta, um diagnóstico conjunto é realizado para ajustar a dieta, por exemplo.
Mateus Reis afirma que o lema é: “animal saudável é animal rentável”. A equipe busca ao máximo trazer tecnologias e uma relação custo-benefício de uma melhor engorda.
Os três pilares do sucesso no confinamento


O sucesso do confinamento está alinhado em três pilares fundamentais: gestão, sanidade e nutrição. A sanidade e a nutrição, por sua vez, se apoiam em estrutura, processo e pessoas.
A poeira, a variação de temperatura e a aglomeração são desafios constantes, mas uma equipe treinada e capaz de fazer um diagnóstico preciso é a chave para evitar perdas e garantir a rentabilidade.
O trabalho sanitário rigoroso no confinamento da JBS em Guaiçara demonstra como o compromisso com a saúde do rebanho, em sinergia com outras áreas, é a chave para a eficiência, a rentabilidade e a produção de uma carne de qualidade.