segunda-feira, 5 de maio de 2025

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Como foi a primeira semana de maio no mercado de soja?

A primeira semana de maio foi marcada por forte volatilidade nas cotações internacionais da soja. Segundo a plataforma Grão Direto, em Chicago, os preços recuaram após semanas de recuperação, influenciados pelo bom ritmo do plantio nos Estados Unidos e pelas condições climáticas favoráveis. Segundo o USDA, o andamento do plantio está dentro da média histórica, o que reforça a expectativa de uma safra cheia.

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Além disso, a ausência de avanços concretos nas negociações comerciais entre China e EUA contribuiu para a pressão negativa sobre os preços, mantendo o mercado internacional em compasso de espera e alimentando a incerteza entre os agentes.

Colheita no Brasil

No cenário doméstico, a colheita de soja da safra 2024/25 está praticamente finalizada. No entanto, foram observados problemas pontuais de qualidade no Rio Grande do Sul e no Paraná. Com isso, o foco do mercado brasileiro se volta para os prêmios de exportação, que seguem pressionados pela lentidão nos embarques. Apesar desse cenário, a soja brasileira continua competitiva frente ao produto norte-americano, o que sustenta parte da demanda externa.

Câmbio

O dólar recuou ao longo da semana, encerrando cotado a R$5,69. A valorização do real, combinada à instabilidade das cotações internacionais, trouxe cautela ao mercado físico. Como resultado, o ritmo de comercialização permanece lento, com produtores avaliando estrategicamente os momentos de venda.

O que esperar do mercado de soja?

O clima seco em importantes estados produtores dos EUA favorece o avanço do plantio, o que mantém a expectativa de uma produção robusta. Acompanhar os boletins meteorológicos e o ritmo das atividades agrícolas no hemisfério norte seguirá sendo essencial para entender os movimentos futuros das cotações em Chicago.

Além disso, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revisou para baixo suas estimativas de exportação da soja brasileira para maio, refletindo a lentidão nos embarques e a pressão sobre os prêmios. Esse cenário pode contribuir para manter o mercado físico travado no curto prazo.

O impasse nas relações comerciais entre China e Estados Unidos também segue com incertezas. Qualquer sinal de avanço nas negociações pode provocar reações imediatas nos preços internacionais, o que torna esse um ponto de atenção para o setor.

Diante de um cenário de ampla oferta global e incertezas externas, a orientação é reforçar a gestão de margem. Vendas pontuais devem ser aproveitadas em momentos de repique nos preços. O monitoramento atento do câmbio e dos prêmios de exportação será essencial para decisões comerciais mais estratégicas.

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