O mercado brasileiro de soja registrou poucos negócios nesta quinta-feira (31), tanto nos portos quanto no interior do país. Apesar da pressão de baixa vinda de Chicago, os preços apresentaram certa recuperação, sustentados pela alta do dólar e pela firmeza dos prêmios, que seguem dando suporte à oleaginosa nos terminais de exportação.
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De acordo com o analista Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado, mesmo com esse cenário, o volume de negociações permaneceu limitado. No interior, as ofertas de compra melhoraram, impulsionadas pela demanda da indústria. No entanto, os produtores elevaram suas pedidas, mantendo o spread desfavorável aos compradores neste momento.
Silveira aponta ainda que, para agosto, há poucas indicações de negócios. As melhores ofertas e preços aparecem a partir de setembro, especialmente nos portos. A janela de exportação para agosto já está mais curta devido à antecipação das compras.
Preços no Brasil
- Passo Fundo (RS) subiu de 131,00 para 132,00
- Santa Rosa (RS) subiu de 132,00 para 133,00
- Rio Grande (RS) subiu de 137,00 para 139,00
- Cascavel (PR) caiu de 131,00 para 130,00
- Paranaguá (PR) subiu de 136,00 para 138,00
- Rondonópolis (MT) subiu de 120,00 para 122,00
- Dourados (MS) subiu de 120,00 para 122,00
- Rio Verde (GO) subiu de 120,00 para 124,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos, ampliando as perdas acumuladas no mês de julho para cerca de 4%. O cenário fundamental seguiu exercendo pressão, colocando a posição novembro nos menores níveis desde abril, com seis sessões consecutivas de perdas.
Do lado da oferta, a expectativa é favorável em relação à safra norte-americana. O clima permanece favorável à evolução das lavouras e as projeções são de continuidade das condições benéficas.
O mercado também é pressionado no lado da demanda. O interesse de compra por parte da China, principal comprador da oleaginosa, é restrito e deve persistir durante o período de pico da colheita nos Estados Unidos.
O possível acordo entre a União Europeia e a Indonésia sobre a importação de óleo de palma derrubou as cotações do óleo de soja, pois pode reduzir a necessidade pelo produto.
“Pelo acordo ventilado pelo mercado, a taxa de importação de óleo de palma da Indonésia seria zerada pela União Europeia para uma cota pré-definida”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Gabriel Viana. “E, o que excedesse esse volume, teria uma taxação de 3%”, acrescenta. Atualmente, é de 19%.
Contratos futuros de soja
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 6,25 centavos de dólar ou 0,64%, a US$ 9,69 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,891/4 por bushel, perda de 6,50 centavos ou 0,65%.
Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 1,10, ou 0,41%, a US$ 265,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 55,27 centavos de dólar, com perda de 1,26 centavo ou 2,22%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,21%, sendo negociado a R$ 5,6001 para venda e a R$ 5,5981 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5668 e a máxima de R$ 5,6243. No mês, a valorização foi de 3,07%.