quinta-feira, 24 de abril de 2025

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CNA propõe R$ 594 bi no Plano Safra e reformas no seguro agrícola

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao Ministério da Agricultura suas propostas para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2025/2026, o Plano Safra. O documento foi apresentado pelo diretor técnico da entidade, Bruno Lucchi, ao secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, nesta quinta-feira (24).

O material foi construído com base em reuniões regionais com federações estaduais, sindicatos rurais, produtores e entidades setoriais de todo o país. A proposta destaca dez pontos prioritários para o próximo Plano Safra, em meio a um cenário que combina restrições domésticas, alta de juros e instabilidade geopolítica.

A CNA defende a revisão das condições operacionais do crédito rural, ampliação dos recursos disponíveis, modernização do seguro agrícola e desburocratização do acesso ao financiamento, especialmente para pequenos e médios produtores.

Entre os principais desafios apontados estão a alta volatilidade cambial, aumento dos custos com insumos e o risco de elevação da taxa Selic para 15% ao ano, o que pode afetar o custo e a oferta de crédito rural.

Segundo a entidade, o Plano Safra tem papel estratégico para garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade do setor. Por isso, o documento propõe:

As 10 propostas da CNA para o Plano Safra 2025/26:

  1. Aprovação do PL 2951/2024, de autoria da senadora Tereza Cristina, que moderniza o seguro rural e operacionaliza o Fundo Catástrofe.
  2. Garantia de R$ 4 bilhões ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), com aplicação integral e suplementação, se necessário.
  3. Disponibilização de R$ 594 bilhões no Plano Safra: R$ 390 bilhões para custeio e comercialização, R$ 101 bilhões para investimentos e R$ 103 bilhões para a agricultura familiar, com execução eficiente dos recursos.
  4. Prioridade a pequenos e médios produtores, com recursos para linhas como Pronaf, Pronamp, PCA, Proirriga, Inovagro e Renovagro.
  5. Melhoria do ambiente de negócios, com redução de burocracias e incentivo à ampliação de fontes de financiamento, como o mercado de capitais.
  6. Modernização do Proagro, com foco em maior eficiência orçamentária e proteção ao produtor rural.
  7. Revisão dos limites de renda dos programas Pronaf e Pronamp, ajustando-os à realidade produtiva atual.
  8. Incentivos a práticas socioambientais, com possibilidade de redução de taxas ou ampliação do limite financiável, sem onerar o produtor.
  9. Harmonização das regras ambientais, eliminando entraves criados por resoluções que extrapolam a legislação vigente.
  10. Combate à venda casada e redução de custos acessórios do crédito rural, por meio de atualização das normas do mercado registrador.

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