segunda-feira, 28 de abril de 2025

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Chuva favorece o cultivo do algodão e do milho, aponta boletim de monitoramento da Conab

As chuvas que caíram entre 1º e 21 de abril no Centro-Oeste do país foram suficientes para a manutenção da umidade do solo na maioria das áreas, o que beneficiou o desenvolvimento do milho de segunda safra, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu mais recente Boletim de Monitoramento dos Cultivos de Verão.

O milho e o algodão cultivados no Centro-Oeste têm sido beneficiados com o bom volume de chuvas registrado em abril, diz a Conab. Mesmo que no início do mês tenha havido certa restrição hídrica em algumas áreas por causa da temperatura elevada no meio do dia, as chuvas retornaram na segunda quinzena, repondo o déficit hídrico e garantindo a recuperação das lavouras que ainda estavam em estágio vegetativo.

“A média diária do armazenamento hídrico no solo permaneceu elevada em quase toda a região, com exceção de algumas áreas em Goiás e Mato Grosso do Sul, onde o intervalo sem chuva ao longo do período restringiu o potencial produtivo de parte das lavouras”, diz a Conab.

Quanto ao Sudeste, a Conab diz que poucas chuvas em importantes regiões produtoras de São Paulo e Minas Gerais afetaram o desenvolvimento do milho segunda safra. Com exceção do sul de Minas e dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde houve chuvas no início do mês, as precipitações só ocorreram de forma mais abrangente na terceira semana.

Desta forma, o boletim relata que a média diária do armazenamento hídrico no solo ficou abaixo do necessário para a demanda hídrica das lavouras durante a maior parte do período no centro e norte de São Paulo e no centro-norte de Minas, além de algumas áreas do Triângulo Mineiro, onde lavouras de milho segunda safra foram afetadas, pois já se encontravam em floração e enchimento de grãos.

No Sul do país, a Conab relata que as chuvas ocorreram principalmente na primeira e segunda semanas do mês no sul do Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. “Com exceção de algumas áreas no centro e norte do Paraná, as temperaturas máximas mais amenas mantiveram a umidade no solo em níveis suficientes para o desenvolvimento da maioria das lavouras de feijão e milho segunda safras, além da soja ainda em enchimento de grãos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul”, informa.

“No geral, as condições em abril foram favoráveis para o manejo e o desenvolvimento dos cultivos de segunda safra. Assim como, para a maturação e colheita dos cultivos de primeira safra, devido ao tempo mais estável na terceira semana do mês”, finaliza.

O Norte, por sua vez, foi a região que recebeu o maior volume de chuvas, o que favoreceu os cultivos de primeira e segunda safras no Pará, Tocantins e Rondônia. Houve, porém, atraso pontual na colheita de soja e milho verão por causa do excesso de umidade. Já as lavouras tardias têm sido beneficiadas com a redução nas precipitações.

“Em Roraima, as chuvas da primeira quinzena do mês possibilitaram a antecipação da semeadura da soja, devido à recuperação do armazenamento hídrico do solo”, diz a Conab.

No Nordeste, os maiores acumulados ocorreram no Norte do Maranhão e do Ceará. “Houve restrição hídrica em algumas áreas, principalmente no Semiárido”, acrescenta. Nesta região, as chuvas ocorreram em maior intensidade no início de abril, tanto no centro-norte do Maranhão quanto no Ceará.

Nas demais áreas, as chuvas foram irregulares, mantendo baixo o nível de armazenamento hídrico do solo principalmente no centro-sul e no centro-norte da Bahia, “mantendo o déficit hídrico nas lavouras de feijão e milho”. Em algumas áreas do Nordeste, além disso, como no sudeste do Piauí e no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, embora tenha havido ligeira recuperação do armazenamento hídrico do solo, os níveis ainda estão aquém do necessário para a semeadura e o desenvolvimento das lavouras.

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