As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 958,179 milhões em julho (14 dias úteis), com média diária de US$ 68,441 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 172,709 mil toneladas, com média diária de 12,336 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.547,90.
Em relação a julho de 2024, houve alta de 50,5% no valor médio diário da exportação, ganho de 19,5% na quantidade média diária exportada e avanço de 25,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Impacto do tarifaço
Os EUA são o segundo maior comprador da carne bovina brasileira, respondendo por 12% das exportações, atrás apenas da China, que concentra 49% do total embarcado pelo Brasil.
Dados da Secex mostram que, em junho, o volume adquirido pelos norte-americanos já foi o menor desde dezembro do ano passado, mas as exportações totais de carne bovina brasileira tiveram o segundo melhor resultado do ano, beirando as 270 mil toneladas.
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Em março e abril, empresas dos EUA adquiriram volumes recordes, acima de 40 mil toneladas em cada mês, num possível movimento de formação de estoque diante do receio de que o presidente Donald Trump viesse a aumentar as tarifas para o comércio internacional.
São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul são os estados, nesta ordem, que mais têm escoado carne aos EUA. A redução de Goiás foi a maior de abril para junho, cerca de 9.283 toneladas a menos de carne. O volume do último mês representou apenas 37% do que foi enviado em abril. Em Mato Grosso do Sul, junho equivaleu a apenas 44%, com diminuição de 3.962 toneladas. Reduções significativas ocorreram também nos demais estados relevantes da pecuária. São Paulo é o que teve a menor diminuição de volume, de 1.802 toneladas, com junho ainda representando 73% dos embarques de abril.