Brasil e Bolívia assinaram nesta terça-feira (30), no Palácio do Itamaraty, um memorando de entendimento que tem por objetivo aumentar a produção de fertilizantes nos dois países.
O acordo prevê, entre outras ações, a realização de estudos para construção de fábricas de fertilizantes nitrogenados nos dois países.
A Bolívia tem grandes reservas de gás natural, fundamental para a produção dos nitrogenados, além de minerais usados em outros tipos de nutrientes, mas carece de capacitação e de recursos para desenvolver suas cadeias – carência que o memorando tenta reduzir ao prever ações de cooperação técnica, plano de desenvolvimento industrial e programa de atração de investimento, entre outras medidas.
O documento foi assinado do lado brasileiro, pelos ministros Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária (Mapa), e Alexandre Silveira, de Minas e Energia (MME).
Do lado boliviano assinaram os ministros Franklin Ortiz, de Hidrocarbonetos e Energias (MHE), e Remmy Gonzáles Atila, do Desenvolvimento Rural e Terras.
Entre os pontos acordados destaca-se a cooperação estratégica para estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a atração de investimentos em projetos com potencial de desenvolvimento em Três Lagoas (MS) e Cuiabá (MT), no Brasil; e em Porto Quijarro (Santa Cruz), Uyuni (Potosí), Copaisa (Oruro) e Santivañez (Cochabamba), na Bolívia.
“A Bolívia tem um importante papel de fornecedor de gás natural para o mercado brasileiro, o qual queremos ampliar com novos projetos em matéria de integração energética e nas áreas de fertilizantes e biocombustíveis”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anfitrião do encontro.
No acordo, também estão previstas ações de mapeamento geológico e pesquisa mineral, além de um conjunto de medidas para ampliação e facilitação do comércio entre os dois países na área de fertilizantes e insumos para a nutrição de plantas.
A implementação do memorando será conduzida por um grupo de trabalho conjunto, composto por representantes das áreas técnicas, que terá a responsabilidade de elaborar um plano estratégico de cooperação.