O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma fiscalização em uma unidade de torrefação de café em Brusque, em Santa Catarina, e identificou o uso irregular de cascas de café para substituir parte dos grãos, prática proibida e caracterizada como fraude contra o consumidor.
A casca, também chamada de polpa de café, é um subproduto do beneficiamento e não pode ser misturada à produção de café torrado e moído.
Nesse sentido, seu uso exige controle rigoroso devido ao risco de contaminação por micotoxinas, como a Ocratoxina A, além da possibilidade de presença de impurezas como terra, areia, pedras e resíduos químicos, o que representa risco à saúde pública.
A operação

Durante a ação, os fiscais federais agropecuários apreenderam 4,2 toneladas do material que estavam sendo empregadas indevidamente no processo produtivo.
A análise anterior detectou impurezas acima do permitido em um lote da empresa alvo — cujo nome não foi divulgado —, que motivou a operação. Em seguida, novas amostras foram coletadas para avaliar a identidade e a qualidade do produto comercializado.
Além disso, a organização orientou o estabelecimento a corrigir falhas nas boas práticas de fabricação e a promover melhorias estruturais para garantir condições adequadas de higiene e processamento.
O superintendente do Mapa em Santa Catarina, Ivanor Boing, destacou a importância da ação.
“Nosso compromisso é garantir que o consumidor receba um produto seguro, honesto e de qualidade. A fiscalização existe para coibir fraudes e assegurar que o café catarinense mantenha o padrão que o mercado exige e o público merece”, afirmou.
O Ministério reforça que continuará intensificando a fiscalização em todo o estado, fortalecendo a segurança alimentar e a confiança da população na cadeia produtiva do café.
*Sob supervisão de Victor Faverin








