domingo, 27 de abril de 2025

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Arroba do boi gordo: maio reserva cotações em baixa para região brasileira

O mercado brasileiro de boi gordo registrou uma semana de movimentos distintos nos preços, a depender do estado.

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, em São Paulo e em Goiás as indústrias passaram a testar patamares mais baixos de preço, argumentando que o escoamento da carne será mais lento no restante do mês.

“Em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o mercado esteve mais firme e com negócios acima da referência média. No geral as escalas de abate ainda estão posicionadas entre cinco e sete dias úteis na média nacional”, afirma. No entanto, esse cenário tende a mudar em maio.

Cotações do boi gordo na semana

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 24 de abril:

  • São Paulo (Capital): R$ 325, recuo de 1,52% frente ao fechamento da última semana, de R$ 330
  • Goiás (Goiânia): R$ 310, queda de 4,62% perante os R$ 325 da semana passada
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 325, aumento de 1,56% frente aos R$ 320 do fechamento da semana anterior
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 325, estável frente à última semana
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 330, aumento de 3,13% ante à semana passada, de R$ 320
  • Rondônia (Vilhena): R$ 288, queda de 0,69% frente aos R$ 290 da semana anterior

O que esperar de maio?

O coordenador da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, destaca que tradicionalmente os meses de abril e maio são marcados por maior oferta de animais, o que pressiona o mercado.

“No histórico dos últimos 14 anos, de 2010 a 2024, todo mês de maio teve o preço médio da arroba do boi gordo em São Paulo menor do que a média de preço em abril, o que deve se manter em 2025, independe de ser ano de alta ou de baixa.”

O especialista lembra que, neste momento, o contrato com vencimento em maio na B3 segue a R$ 315 a arroba, menor patamar do que o verificado na praça pecuária paulista, de R$ 325 a R$ 330.

“Para a primeira quinzena do mês, esse comportamento deve balizar o mercado, mas não enxergamos espaço para cotações abaixo de R$ 300, ou seja, a pressão de baixa não deve interferir no patamar historicamente alto da arroba. No entanto, nas praças do centro-norte do país, a desova do final de safra tem mais peso e pode ter interferência maior na variação da arroba do boi gordo, como Mato Grosso, Rondônia, Pará e Tocantins, que podem sofrer mais com essa pressão baixista”

Mercado atacadista

O mercado atacadista apresentou volatilidade nos preços, embora o ambiente de negócios ainda aponte para um movimento de queda, considerando o perfil mais discreto na demanda previsto para o restante do mês.

Para Iglesias, a população tende a priorizar o consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, dos embutidos e ovos.

O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 25 o quilo, queda de 3,85% frente aos R$ 26 da semana passada. Já o quarto do dianteiro foi vendido por R$ 20,50 o quilo, avanço de 7,89% frente aos R$ 19 registrados na semana anterior.

Exportações de carne bovina

carne bovina frigoríficos
Foto: Freepik

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 795,713 milhões em abril (13 dias úteis), com média diária de US$ 61,208 milhões, conforme balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chegou a 159,328 mil toneladas, com média diária de 12,256 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.994,20.

Em relação a abril de 2024, houve alta de 43,1% no valor médio diário da exportação, ganho de 29,8% na quantidade média diária exportada e avanço de 10,2% no preço médio.

*Com informações da Safras News

www.canalrural.com.br

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