segunda-feira, 6 de outubro de 2025

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‘Área de soja deve crescer, mas custo de produção também tende a ser mais alto’, aponta analista

Durante a Abertura Nacional do Plantio da Soja, realizada na última sexta-feira (3) em Sidrolândia (MS), o analista da consultoria Safras & Mercado, Rafael Silveira, apresentou um panorama sobre o mercado da oleaginosa, destacando o cenário da safra 25/26.

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Segundo Silveira, 2025 tem sido um ano marcado por grande volatilidade, com tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China, mas que também abriram espaço para a valorização da soja brasileira. ”O país deve atingir exportações recordes de 105 milhões de toneladas, consolidando-se como o principal fornecedor global do grão”, pontuou.

Segundo ele, a produção nacional também foi expressiva, alcançando 172 milhões de toneladas, impulsionada por boas produtividades na maior parte dos estados, com exceção do Rio Grande do Sul. Apesar da oferta elevada, os preços internos permaneceram firmes, em alguns momentos acima da paridade de exportação, sustentados pela demanda doméstica.

”Para 2026, a expectativa é de novo aumento na área plantada, mas com custos de produção mais altos. Existe um efeito inflacionário sobre os insumos e as taxas de juros, que dificultam a produção de soja”, explicou Silveira.

De acordo com o analista, a menor margem de investimento pode reduzir o uso de tecnologia nas lavouras, ainda que as condições climáticas projetadas sejam favoráveis. O país deve registrar estoques de passagem elevados, o que pode pressionar os prêmios e os preços da soja brasileira, mesmo diante de uma demanda forte e exportações recordes.

Atualmente, cerca de 20% a 21% da nova safra já está comercializada, e o mercado deve seguir atento aos efeitos do clima e da oferta global sobre as cotações. ”Temos boas perspectivas de produtividade, mas também riscos para os preços. É preciso cautela”, concluiu Silveira.

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