domingo, 13 de julho de 2025

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Após quedas, preço da soja se recupera na Bolsa de Chicago

Os contratos da soja em grão registram preços predominantemente mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado busca um movimento de recuperação técnica na véspera da divulgação do relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para esta
sexta-feira (11), com novas estimativas de oferta e demanda global de grãos. A oleaginosa vem de três sessões consecutivas de queda.
Além das perdas recentes, os operadores mantêm cautela diante das disputas tarifárias entre os Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais, o que pode comprometer a demanda por grãos norte-americanos e acentuar o cenário de excesso de oferta. A incerteza em torno das tarifas segue gerando aversão ao risco, com analistas temendo retaliações e redução nas exportações agrícolas dos EUA.

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A Bolsa também sente a pressão das previsões climáticas favoráveis ao desenvolvimento das
lavouras no Meio-Oeste norte-americano, o que reforça a perspectiva de uma colheita volumosa no outono.
O USDA deverá indicar um pequeno corte na produção de soja norte-americana em 2025/26. Os estoques, no entanto, devem ser revisados para cima. Os dados para oferta e demanda americana e mundial serão divulgados na sexta, 11, às 13h.
Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra americana em 2025/26 deverá ficar em 4,331 bilhões de bushels, contra 4,340 bilhões previstos em junho.
Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 304 milhões de bushels para
2025/26, contra 295 milhões projetados em junho. Para 2024/25, a aposta é de um aumento, passando dos 350 milhões indicados em junho para 358 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 124,3 milhões de toneladas. Em junho, o número ficou em 124,2 milhões. Segundo o mercado, a indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 125,5 milhões de toneladas, contra 125,3 milhões projetados em junho.

O USDA deverá elevar a estimativa para a safra do Brasil em 2024/25 de 169 milhões para 169,4 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser aumentada de 49 milhões para 49,2 milhões de toneladas. Os contratos com vencimento em novembro operam cotados a US$ 10,09 1/4 por bushel, alta de 2,00 centavos de dólar, ou 0,19%, em relação ao fechamento anterior.
Ontem (09), a soja fechou com preços em baixa pela terceira vez seguida. O clima favorável ao desempenho das lavouras americanas, as incertezas sobre a política tarifária do presidente Donald Trump e ajustes de carteiras frente ao relatório do USDA pressionaram as cotações.
As previsões climáticas indicam condições favoráveis às lavouras americanas, encaminhando
uma safra cheia. Essa boa produção encontra um mercado super ofertado, diante da boa safra sul-americana.
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 12,25 centavos de dólar ou 1,19% a US$ 10,09 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,07 1/4 por bushel, perda de 10,25 centavos ou 1,00%.

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