A pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o rebanho bovino brasileiro totalizou 238,2 milhões de animais em 2024, uma queda de 0,2% em relação a 2023.
Ou seja, há 12% a mais de cabeças de gado do que pessoas no país. Em 2024, a população brasileira somava 212,6 milhões de habitantes.
“Apesar dessa retração, configurou o segundo maior valor da série histórica da pesquisa, sendo superado apenas pelo recorde registrado em 2023”, apontou o IBGE.
Ainda assim, o ano de 2024 registrou um abate recorde de 39,7 milhões de cabeças. O abate de fêmeas também atingiu um pico em 2024.
“Adicionalmente, verificou-se um aumento na proporção de animais mais jovens abatidos, com destaque para as novilhas”, observou o instituto.
Mercado externo
O avanço no abate ocorreu em um ano em que as exportações brasileiras de carne bovina in natura também alcançaram novos marcos históricos.
Além disso, o volume exportado saltou 22,8% em 2024, levando a uma alta de 26,9% no faturamento em relação ao ano anterior, conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A China absorveu 52% de todo o volume in natura exportado e ampliou suas importações do Brasil em 10,6%, se mantendo como principal destino da carne bovina brasileira.
Os Estados Unidos permaneceu com a segunda posição, com um aumento de 93,8% nas aquisições de carne bovina in natura brasileira em comparação a 2023.
No Brasil
No ranking estadual, Mato Grosso liderou a criação de bovinos, com 13,8% do efetivo nacional, 32,9 milhões de animais.
O Pará ocupou a segunda colocação em 2024, com 25,6 milhões de animais, 10,7% do rebanho nacional, seguido por Goiás, com 23,2 milhões de bovinos, uma participação de 9,7%.
O município de São Félix do Xingu, no Pará, manteve a liderança do ranking municipal de efetivo de bovinos, com 2,52 milhões de cabeças, o equivalente a 1,1% do total brasileiro.
O segundo lugar foi de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, com 2,2 milhões de animais, 0,9% do efetivo nacional, seguido por Porto Velho, em Rondônia, com 1,79 milhão de bovinos, 0,8% do rebanho brasileiro.
*Sob supervisão de Victor Faverin