Os eventos relacionados a grandes volumes de água e à falta do recurso estão no topo da lista.
Também apareceram nas respostas dos entrevistados temperaturas extremas (10%), apagões de energia (7%), ciclones e tempestades de vento (6%) e queimadas e incêndios (5%).
Medo de eventos climáticos
A pesquisa também mostra que 98% dos brasileiros estão preocupados com o risco de uma nova ocorrência de um evento climático extremo.
A falta d’água ou seca é o evento que mais gera receio (34%), seguido por alagamentos, inundações e enchentes (23%), queimadas e incêndios (18%), chuvas muito fortes (17%), temperaturas extremas (16%), deslizamentos de terra (14%), escassez de alimentos e fome (14%), ciclones e tempestades de vento (13%) e ocorrência de novas pandemias sanitárias (13%).
Os pesquisadores destacam que há questões que atemorizam mais especificamente determinadas classes sociais ou regiões do país.
Ciclones e tempestades de vento, por exemplo, preocupam proporcionalmente mais a população da Região Sul (29% frente à média nacional, de 13%). Já alagamentos, inundações e enchentes preocupam mais as classes D e E (25%) do que as classes A e B (19%).
Investimentos
A parcela de pessoas que diz apoiar investimentos em fontes renováveis de energia é também significativa, de 84%. Além disso, o petróleo é mencionado por 73% dos participantes como algo diretamente associado à piora da crise climática. O carvão mineral e o gás fóssil são lembrados por 72% e 67%, respectivamente.
O diretor executivo do Instituto Pólis, Henrique Frota, ressalta que o que se pode concluir da pesquisa é que o custo político sobe à medida que as autoridades governamentais insistem em apostar nas fontes não renováveis.
Além disso, ele afirma que “os números mostram que os brasileiros querem investimento prioritário em fontes renováveis e entendem essa decisão como fundamental para o combate às mudanças climáticas”.