Nesta quinta‑feira (17), a juíza distrital Leonie Brinkema decidiu que o Google é considerado um monopólio irregular no setor de anúncios na internet nos Estados Unidos.
A decisão judicial foi tomada ao considerar comprovadas práticas anticompetitivas que teriam “privado rivais da habilidade de competir” por meio da integração forçada de suas ferramentas Ad Exchange(AdX) e Ad Manager, segundo o veredito de mais de 100 páginas do Departamento de Justiça dos EUA (DoJ).
O processo apontou que o Google combinou suas plataformas de leilão em tempo real (AdX) e gerenciamento de espaços publicitários(que inclui o DoubleClick for Publishers) em contratos pré‑estabelecidos.
Tal comportamento teria limitado o acesso de concorrentes e imposto condicionantes tecnológicos aos clientes. Isso teria restringido opções de anunciantes e de sites que exibem anúncios.
Brinkema ainda afastou a acusação de monopólio no sistema aberto de exibição de anúncios em sites externos ao ecossistema Google.
A juíza entendeu não haver provas suficientes de domínio exclusivo nesses trechos. Esse ponto foi classificado pela corte como uma “vitória parcial” para a empresa.
Defesa do Google
“Nós discordamos da decisão da Corte sobre nossas ferramentas de publicação. Os veículos têm muitas opções e eles escolhem o Google porque nossas ferramentas tecnológicas são simples, acessíveis e efetivas”, afirmou a porta‑voz Lee‑Anne Mulholland, em declaração ao The Verge.
Possíveis consequências
Caso o recurso do Google seja negado, a empresa pode ser obrigada a desmembrar ou vender uma de suas plataformas de anúncios, medida considerada radical pelo DoJ.
Paralelamente, o Google ainda responde a outra ação antitruste por monopólio em buscas, que pode resultar em fragmentação das divisões Chrome e Android.