O mercado brasileiro de soja seguiu calmo nesta terça-feira (15), com os preços variando de estáveis a mais baixos, pressionados pela baixa na Bolsa de Chicago e pelo recuo nos prêmios.
Segundo o consultor de Safras & Mercado Rafael Silveira, o produtor, que já avançou bem na comercialização, agora segura um pouco mais, esperando uma possível alta nas cotações.
“A firmeza do dólar ajudou a puxar os prêmios para baixo, mesmo com a exportação aquecida, o que significa que o Brasil está abastecendo o mercado externo, principalmente com a China repondo estoques.”
Preços médios da soja (saca de 60kg)
- Passo Fundo (RS): recuou de R$ 134 para R$ 132
- Santa Rosa (RS): baixou de R$ 135 para R$ 133
- Porto de Rio Grande: caiu de R$ 141 para R$ 139,50
- Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 132 para R$ 131
- Porto de Paranaguá (PR): diminuiu de R$ 138 para R$ 137
- Rondonópolis (MT): seguiu em R$ 118
- Dourados (MS): recuou de R$ 123 para R$ 122
- Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 118
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira mistos.
As primeiras posições recuaram e as mais distantes reagiram no final do dia. O dia foi de correção técnica, após as cotações terem atingido os maiores níveis em sete semanas.
Sinais de enfraquecimento da demanda pelo produto norte-americano, apreensão com a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a ampla oferta do Brasil completaram o cenário baixista.
A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa, na sigla em inglês) informou que o esmagamento de soja atingiu 194,551 milhões de bushels em março, ante 177,870 milhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de 197,602 milhões. Em março de 2023, foram 196,406 milhões de bushels.
A entidade indicou ainda que os estoques de óleo de soja norte-americanos em março somaram 1,498 bilhão de libras, ante o esperado de 1,617 bilhão. No mês anterior, foram 1,503 bilhão de libras. Em março do passado, atingiram 1,851 bilhão de bushels.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução do plantio das lavouras de soja. Até 13 de abril, a área plantada estava estimada em 2%. Em igual período do ano passado, o número era de 3%. A média para os últimos cinco anos é de 2%.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 5,75 centavos de dólar ou 0,55% a US$ 10,36 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 10,46 1/2 por bushel, perda de 3,75 centavos ou 0,35%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 2,40 ou 0,79% a US$ 301,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 47,84 centavos de dólar, com alta de 0,99 centavo ou 2,11%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,66%, sendo negociado a R$ 5,8905 para venda e a R$ 5,8885 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,8335 e a máxima de R$ 5,9035.