Como registrar e consultar dados dos veículos abordados nas rodovias para fortalecer as fiscalizações do transporte de passageiros? Com esse desafio, a Agência Estadual de Regulação (AGEMS) foi em busca de encontrar e dominar a utilização de plataformas gratuitas com os requisitos necessários e incorporar o uso na rotina dos agentes de campo, otimizando e simplificando o trabalho.
O sistema agora é uma realidade, que já traz resultados concretos e serve de inspiração para outras agências, tendo sido apresentado para o Brasil e a América Latina no Congresso Brasileiro de Regulação.
“Com o aumento da conectividade e a crescente disponibilidade de dispositivos eletrônicos, como smartphones e tablets, o registro, a transferência e consulta a dados foram revolucionados e as inovações tecnológicas também possibilitaram a automatização de processos”, conta o autor do projeto, Leonardo Mamann, sobre o processo de elaboração.
Graduando em Engenharia de Controle e Automação, membro da equipe do Centro de Integração Técnica e Inteligência (CITI), Leonardo desenvolveu a aplicação que agora permite que nas operações volantes, com o celular, os fiscais consultem e façam o registro dos veículos abordados, sejam eles suspeitos, regularizados junto à agência, monitorados ou já classificados como clandestinos.
Tecnologia aliada da regulação
A definição da arquitetura do sistema incluiu o desenvolvimento de APP, o design do banco de dados, interfaces de usuário e fluxos de trabalho, e ferramentas de análise de dados para extrair insights e gerar relatórios.
Para a efetiva operação, os agentes utilizam smartphones ou tablets com acesso à internet para preenchimento de formulários e consultas de bancos quando estão em rodovias ou terminais. A estrutura de hardware conta também com servidor para armazenamento das informações.
E a digitalização dessa rotina de trabalho trouxe benefícios adicionais, como a compilação ágil dos dados coletados, a redução de erros causados pela má interpretação da escrita, economia de tempo na passagem dos formulários impressos para o computador, além de diminuir os custos com envio de malotes.
A gestão dos dados obtidos na coleta e tratamento eficaz dos veículos monitorados ainda interferiu diretamente na qualidade do planejamento das ações de fiscalização.