Missão Fram2 será primeiro voo espacial humano para as regiões polares da Terra.
Na próxima segunda (31), a SpaceX lançará a missão Fram2 com uma tripulação internacional composta por representantes de Malta, Noruega, Alemanha e Austrália.
O lançamento ocorrerá a partir do Kennedy Space Center, na Flórida, utilizando uma cápsula Dragon acoplada a um foguete Falcon 9.
O voo terá duração de quatro dias e sobrevoará as regiões polares para realizar 22 experimentos científicos e ampliar o conhecimento sobre o espaço e as condições de voo prolongado.
A missão, batizada de Fram2 em homenagem ao navio original que desbravou os polos no século XIX, está programada para decolar durante uma janela de três horas, com o horário de lançamento previsto para as 00h20, no horário de Brasília.
A equipe é formada por Chun Wang, comandante e empreendedor de Malta; Jannicke Mikkelsen, diretora de cinema e especialista em filmagens de ambientes extremos, da Noruega; Rabea Rogge, pesquisadora de robótica da Alemanha; e Eric Philips, aventureiro polar e guia da Austrália.
Cada integrante foi selecionado para trazer uma expertise única no âmbito das explorações polares.
Pesquisas e inovações
Durante a jornada, os astronautas executarão uma série de experimentos que englobam desde estudos biomédicos – como o primeiro exame de raios-X em órbita, utilização de um aparelho de ressonância magnética móvel e monitoramento de hormônios reprodutivos femininos – até pesquisas voltadas para a agricultura espacial, como o cultivo de cogumelos.
Um dos projetos, o SolarMax Mission, busca registrar imagens da aurora boreal e fenômenos raros como o STEVE (Strong Thermal Emission Velocity Enhancement), que acontece nas regiões polares e, diferente das auroras normais, exibe uma luz roxa ou rosa e libera bastante calor.
Em suas declarações, o comandante Chun Wang destacou que “após um extenso treinamento e a dedicação de toda a nossa equipe, temos a honra de continuar o legado do nome Fram em uma era empolgante de exploração espacial comercial.”
A missão Fram2, ao proporcionar o primeiro olhar humano sobre os polos a partir de órbita baixa, promete não só revolucionar o entendimento dos extremos do nosso planeta, mas também abrir caminho para futuras viagens espaciais de longa duração e para a realização de pesquisas que poderão beneficiar tanto a exploração do espaço quanto a vida na Terra.