sábado, 12 de abril de 2025

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Será que Elon Musk tentou mesmo comprar a Open Ai?

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Será que Elon Musk tentou mesmo comprar a Open Ai?

Elon Musk,  juntamente com um consórcio de investidores, propôs a aquisição da OpenAI por US$ 97,4 bilhões. A resposta de Sam Altman, CEO da OpenAI, foi rápida e incisiva: “Não, obrigado, mas compraremos o Twitter por US$ 9,74 bilhões, se você quiser”. Uma réplica que não apenas recusou a oferta, mas também alfinetou a desvalorização do  Twitter desde que Musk o adquiriu em 2022. 

Em entrevista à Bloomberg TV, Altman ainda disse: “A OpenAI não está à venda. Nossa missão não está à venda. Elon tenta todo tipo de coisa há muito tempo. Este é o último – você sabe, o episódio desta semana”.

Musk uma vez disse que, ao cofundar a OpenAI em 2015, “vislumbrava uma inteligência artificial que beneficiaria toda a humanidade”. No entanto, divergências quanto à direção da organização levaram à sua saída em 2018. Agora, com a tentativa de reaquisição, surge a questão: estaria ele buscando retomar o controle da OpenAI ou estaria apenas fazendo barulho para gerar manchetes?

Se a alternativa correta for a segunda, faz sentido. Elon está seguindo a cartilha do melhor amigo dele nos últimos meses:  Donald Trump.

A utilização de declarações – ou propostas de aquisição de empresas – provocativas é uma estratégia deliberada para manter-se em evidência na mídia e influenciar a opinião pública. Essas ações, frequentemente denominadas “bravatas”, servem para desviar a atenção de questões críticas, moldar narrativas e consolidar suas imagens perante o público.

Donald Trump recentemente afirmou que poderia usar “força econômica” para incorporar o Canadá como o 51º estado norte-americano  e que tomaria de volta o controle do  canal do Panamá. 

Ao fazer declarações ousadas ou controversas,  Trump e Musk garantem ampla cobertura midiática. A mídia, em busca de conteúdo que gere engajamento, tende a destacar essas afirmações, ampliando seu alcance. Essa exposição contínua reforça a presença dessas figuras no imaginário coletivo e mantém suas agendas em destaque.

Aqui vale o mea-culpa: essa é a  segunda coluna que escrevo sobre Musk, Trump e suas estratégias de comunicação e dominação global. O último texto transformei em 2 posts no meu instagram. Ambos foram os conteúdos mais curtidos e debatidos no meu perfil nos últimos 6 meses, gerando declarações acaloradas nos comentários. 

O carrossel eu postei primeiro e gerou bastante hate. Pessoas se digladiando defendendo Musk ou simplesmente me agredindo. Já o vídeo gerou reflexões mais profundas pois coloquei na legenda uma provocação para tentarmos não reduzir a discussão entre esquerda/direita. Surpreendentemente funcionou! Há esperança na internet…

Mas enfim, insistir no Musk também é uma aposta fácil de engajamento aqui. Sendo assim, eu também seria apenas mais uma rodinha dentada da mídia em busca de atenção na engrenagem da overdose de informação.

Como resultado, repercutir as bravatas desses líderes polarizam a opinião pública como você pode ver no meu Instagram  (@pedrocortella).

No ambiente das redes sociais, tudo é potencializado. A velocidade e o alcance das plataformas digitais permitem que essas mensagens se espalhem rapidamente, alcançando audiências globais e gerando reações instantâneas. Isso reforça a necessidade de uma compreensão crítica das mensagens recebidas e da conscientização sobre as intenções por trás delas.

De qualquer maneira, a troca pública de provocações entre dois titãs da tecnologia  revela o quanto o ego e a rivalidade podem influenciar decisões que afetam o futuro não apenas da inovação, mas da nossa sociedade.



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