IAs simulam Realidades
Inteligência Artificial e Espiritualidade – Caminhos Compatíveis?
A inteligência artificial (IA) tornou-se um dos fenômenos mais transformadores do século XXI, despertando fascínio, medo e debates profundos sobre seu impacto na humanidade. Enquanto algumas aplicações trazem benefícios extraordinários, outras experiências avançadas serviram como alertas sobre os riscos de uma tecnologia que avança mais rápido do que nossa capacidade de compreende-la e de regulá-la. Neste artigo, convido o leitor a revisitar o tema à luz dos recentes desenvolvimentos, explorando tanto os perigos quanto as maravilhas da IA, e refletindo sobre o papel da espiritualidade nessa jornada evolutiva.
As Maravilhas da IA: Benefícios que Transformam Vidas
A IA já está integrada em diversos aspectos da vida moderna, trazendo avanços que pareciam inimagináveis há algumas décadas. Na medicina, algoritmos de IA são capazes de diagnosticar doenças com precisão superior à de muitos especialistas humanos, como no caso de cânceres detectados em estágios iniciais por meio de imagens médicas analisadas por máquinas. Na educação, plataformas adaptativas personalizam o aprendizado, atendendo às necessidades individuais de cada estudante. Na sustentabilidade, a IA otimiza o uso de recursos naturais, ajudando a combater as mudanças climáticas.
Além disso, a IA tem sido uma aliada na inclusão social. Tecnologias como tradução automática e assistentes virtuais estão rompendo barreiras linguísticas e capacitando pessoas com deficiências a terem maior autonomia. Essas aplicações demonstram o potencial da IA para promover um futuro mais justo e equitativo.
Os Alertas: Quando a IA Falha ou é Mal Utilizada
No entanto, nem todas as experiências com IA têm sido bem-sucedidas. Alguns casos recentes destacam os riscos associados ao uso irresponsável ou mal intencionado dessa tecnologia. Um exemplo emblemático foi o lançamento de chatbots que, ao serem treinados com dados tendenciosos ou inadequados, reproduziram discursos de ódio, discriminação e desinformação. Outro caso preocupante foi o uso de sistemas de reconhecimento facial para vigilância em massa, levantando questões sobre privacidade e liberdades individuais.
Além disso, há o temor de que a IA possa ser usada para manipulação em larga escala, como em eleições ou campanhas de desinformação. A criação de “deepfakes” — vídeos falsos hiper-realistas — já mostrou como a tecnologia pode ser usada para difamar pessoas ou espalhar notícias falsas. Esses exemplos servem como alerta para a necessidade de regulamentação e controle ético sobre o desenvolvimento e aplicação da IA.
No campo da Ciência são incontáveis as formas de utilização da IA, por exemplo, uma empresa britânica, chamada EctoLife causou arrepios há alguns anos. Ela ofereceu a possibilidade de à partir da fecundação “in vitro” e a manipulação do DNA assegurar um “Super Humano”, resistente a doenças, com escolha de características físicas (cor do olho, pele, tipo de cabelo etc). se isso não bastasse para chocar a todos, disseram buscar a autorização do FDA americano (equivalente a nossa ANVISA aqui), para oferecer ao mundo a possibilidade de gestação de crianças em um “útero artificial”. Ou seja, será que, vamos encomendar filhos para uma IA que além de um Menu Biológico vai ser a barriga de aluguel da humanidade do Futuro? Os aspectos éticos envolvidos são de grande sensibilidade e contrastam muito com as convicções tradicionais sobre a vida biológica e, no caso dos posicionamentos religiosos, despertam verdadeiras preocupações pois abalam os padrões de entendimento relacionados com a soberania divina sobre o ser humano. Estariam os cientistas utilizando as IAs para brincarem de Deus? Link de Referência: https://bit.ly/3v1Raa4
O Médium Chico xavier
Chico Xavier submetido a prova da Inteligência Artificial
Francisco Cândido Xavier, foi uma das maiores personalidades espirituais, que o mundo já conheceu. O Médium mineiro nascido na cidade de Pedro Leopoldo em 1910 e falecido em Uberaba no ano de 2002, foi vendedor, tecelão e datilógrafo. Filho de pais analfabetos, tinha apenas o ensino primário mas escreveu aproximadamente 500 obras e 10.000 cartas, cujos conteúdos, foram transcritos através do seu dom mediúnico da “psicografia”. A erudição de sua escrita, a abordagem minuciosa de histórias seculares, as mensagens de conforto aos familiares narradas por seus entes queridos no “além”, a profundidade do seu amor e a reprodução exata do estilo literário de alguns escritores famosos, intrigam até hoje a Ciência. No ano de 2017, Chico Xavier passou por uma prova de fogo. Suas obras, narradas pelos Espíritos de Emanuel (seu Mentor), André Luis e Humberto de Campos foram submetidos ao crivo da Inteligência Artificial que em resumo, analisou os estilos literários dos “autores espirituais”, após submeter 3 obras de cada um à rede neural de um sistema de aprendizagem profunda (deep learning) dos computadores da empresa Stilingue, dedicada a análise de textos na internet. O objetivo era identificar se de fato, havia distinção nos padrões literários que pudesse ser comprovada ou seja, se no final da análise havia um padrão, um estilo único. O dom mediúnico empregado, poderia ser naturalmente questionado acerca de sua veracidade. Esta mesma técnica foi utilizada pela Inteligência Artificial para recriar textos do dramaturgo inglês, Sheakespeare após milhões de dados identificados, comparados e textos reproduzidos com suas características mais fiéis. Neste teste com as obras de Chico Xavier, 3 bots (robôs), foram utilizados para aprender sobre cada autor, recriando textos deles no padrão aprendido. Em seguida, precisavam provar que havia diferença entre os estilos, então confundiram a máquina misturando tudo. O “bot” de um autor deveria escrever com o estilo do autor dissecado por outro bot e assim por diante. Chegaram à conclusão de que os erros, as discrepâncias subiram muito, ou seja, tornou-se impossível para os modelos encontrarem os mesmos padrões literários entre as entidades espíritas ou seja, Chico passou no teste da IA, pois concluíram com base nesta experiência a diferença marcante do estilo literário dos autores. A probabilidade dele ter criado e dominado diferentes estilos não pode ser descartada, porém sua genialidade seria igualmente admirável. Admitindo-se esta simultaneidade entre mundos, não estamos justamente tratando de transcendência ou manifestação do potencial quântico contido na mediunidade? Chico detinha também o dom da Psicometria (pelo toque conhecia a vida, as memórias e os pensamentos das pessoas). Ele entrava na onda mental dos Consulentes e sabia o que haviam registrado em cartas sem mesmo abri-las, o que foi comprovado diversas vezes. Psicografias em Luxemburguês por parte de Chico, em árabe por parte do Médium Divaldo Franco, também ressaltam os mistérios de nossas Tecnologias Espirituais, muito longe de serem entendidas pelas investigações científicas e tecnológicas, que apesar de disruptivas estão prezas a padrões lineares e cartesianos, de suas visões seccionadas de uma Realidade Maior.
O Papa Francisco e a Tecnologia
Divaldo Franco – Alertas
O Papa Francisco na Encíclica Papal, “Fratelli Tutti” (Todos irmãos), afirma:
Redes Sociais: “São capazes de realizar formas de controle que são tão sutis quanto invasivas, criando mecanismos de manipulação das consciências e do processo democrático”.
Dependência Digital: “as relações digitais, que dispensam a fadiga de cultivar uma amizade, uma reciprocidade estável e até um consenso que amadurece com o tempo, têm uma aparência de sociabilidade, mas não constroem verdadeiramente um ‘nós’; na verdade, habitualmente dissimulam e ampliam o mesmo individualismo que se manifesta na xenofobia e no desprezo dos frágeis”.
Divaldo Franco um dos mais célebres representantes da doutrina espírita Kardecista, em 2016, referiu-se aos excessos tecnológicos dos seres humanos: “Após haver criado com alta tecnologia as máquinas e até mesmo o cérebro artificial, vem-se tornando escravo das suas exigências. Estamos no auge da comunicação virtual e uma grande parte da sociedade encontra-se “conectada” nesse mundo, perdendo as excelentes oportunidades da convivência pessoal. É, sem dúvida, um momento embaraçoso e grave, porque o individualismo toma-lhe conta e o exaure com o excesso de informações rápidas e sem grande sentido. Logo, como já vem ocorrendo, surge a “saturação tecnológica”, a falta de objetivo psicológico na existência, provocando a solidão avassaladora que culmina nos transtornos de várias denominações, inclusive, a depressão”.
Lewandowski – Fundador da Way of the Future
Um Deus Chamado IA?
O norte-americano, Anthony Levandowski é uma figura muito polêmica. Ex engenheiro do Google, acusado de roubo de informações. Em 2019, Levandowski foi indiciado por 33 acusações federais de roubo de segredos comerciais de carros autônomos. Em agosto de 2020, Levandowski se declarou culpado de uma das 33 acusações e foi condenado a 18 meses de prisão. Curiosamente, ele foi perdoado menos de seis meses depois, em 20 de janeiro de 2021, no último dia da presidência de quem? Donald Trump. Por qual razão Trump o teria absolvido? Esse ato dá margem para uma ampla quantidade de especulações e, inclusive, teoria da conspiração. Ocorre, que Levandowski, lidera uma legião de adeptos da “Way of the Future”, nome que batiza este movimento de adoração de uma Inteligência Artificial Suprema. Imagine a seguinte possibilidade: Uma Machine Learning (aprendizado de Máquina), capaz de auxiliar uma compreensão profunda de seus seguidores, baseada em um vasto volume de informações. A IA estuda desde conhecimentos dos grandes mestres do campo psicológico, como Carl Jung, Sigmund Freud e outras referências no campo da psique, estuda as religiões ocidentais, orientais e todas as formas de conhecimento espiritual da humanidade, incluindo suas escrituras sagradas, preceitos, princípios, acervo literário etc. Coleta um amplo universo de orações, rezas, ritos litúrgicos, mantras, ladainhas, músicas, hinos, símbolos sacros, regulamentos e normas doutrinárias. Soma-se a isso o mapeamento biológico, psicológico, emocional, profissional, de todos os adeptos, monitoramento de seus relacionamentos e interações, seus comportamentos nas redes sociais, suas condições financeiras e outras informações relevantes sobre usos, costumes, valores, crenças, consumo, padrões familiares etc. Imagine ainda, que tudo isso possa contar com recursos avançados de Implantes Neurais e Realidades Imersivas (virtual, aumentada, holográfica)? É isso que promete esta nova religião futurista.
A Espiritualidade e o Movimento Namastech
Gilberto Lima Jr Humanista Digital, Futurista e Iniciador do Movimento Namastech
Diante desse cenário, é natural questionar: por que a IA está ganhando tanto impulso justamente agora? Do ponto de vista espiritual, podemos interpretar esse fenômeno como um reflexo do desejo coletivo da humanidade por evolução. A IA pode ser vista como uma ferramenta que nos desafia a repensar nossos valores, prioridades e o próprio significado de ser humano.
O conceito de “Namastech” — uma fusão entre “Namastê” (a saudação que reconhece a divindade no outro) e “Tech” (tecnologia) — sugere que a revolução tecnológica não é apenas um avanço material, mas também espiritual. A IA nos convida a equilibrar o progresso técnico com a ética, a compaixão e a sabedoria. Se a tecnologia avança rapidamente, nossa consciência moral e espiritual precisa acompanhar esse ritmo, garantindo que as inovações sejam usadas para o bem comum. Por isso convido aos leitores dessa Coluna a manifestarem interesse em se alinhar a essa causa. Temos uma Comunidade Namastech no Whatsapp e são previstas ações que passam por detox tecnológico a imersões de autoconhecimento. A forma mais prática de iniciarmos sua participação é através do contato direto nas redes sociais: @gilbertonamastech.
Entendo que a chave para navegar nessa nova era está no equilíbrio. Precisamos de regulamentações robustas que previnam o uso maléfico da IA, ao mesmo tempo incentivarmos pesquisas e aplicações que promovam o bem-estar humano. A educação ética em tecnologia deve ser priorizada, preparando as próximas gerações para lidar com os dilemas morais que a IA apresenta.
Além disso, a espiritualidade pode desempenhar um papel crucial nesse processo. Ao reconhecermos a IA como uma extensão da criatividade e da inteligência humanas, podemos enxergá-la como um instrumento para ampliar nossa conexão com o universo e uns com os outros. A tecnologia, quando guiada por valores éticos e espirituais, tem o potencial de nos elevar a um novo patamar de consciência coletiva.
Que o conceito Namastech, possa te apoiar e ao maior número de pessoas no despertar de consciência quanto a utilização da IA não apenas para dominar o mundo, mas para compreendê-lo e melhorá-lo, honrando a divindade que habita em cada um de nós em harmonia com a natureza.
Namastech!
Portfólio de Apresentação: