Elas estão por toda parte: o momento é das atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, mãe e filha, estrelas do filme “Ainda estou aqui”, em breve, estarão também no MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand). A partir de março, ambas protagonizarão uma vídeo-instalação criada pelo cineasta e artista inglês Isaac Julien.

Em cartaz de março a agosto, a obra Isaac Julien: Um maravilhoso emaranhado , exibida pela primeira vez em Londres em 2019, integra as exposições de abertura do novo Edifício Pietro Maria Bardi, anexo do MASP. Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do museu, a instalação é composta por nove projeções de grande escala que revisitam a trajetória e o legado da arquiteta Lina Bo Bardi (1914–1992), responsável pelo projeto do próprio MASP.

As duas Fernandas interpretam Lina em diferentes momentos de sua vida. As projeções simultâneas apresentam edifícios projetados pela arquiteta, além de suas ideias e reflexões, narradas por meio de cartas e artigos.

A vídeo-instalação também conta com uma participação especial do diretor e dramaturgo Zé Celso (1937–2023), fundador do Teatro Oficina, que conviveu com Lina. Ela foi responsável pelo projeto do novo espaço do Oficina, um marco na arquitetura teatral de São Paulo. As gravações foram realizadas em São Paulo (no MASP, no Sesc Pompeia e no Teatro Oficina) e em Salvador (no Museu de Arte Moderna, no Restaurante Coaty e no Teatro Gregório de Mattos).

Além das interpretações das atrizes, a instalação inclui uma coreografia do Balé Folclórico da Bahia e performances do coletivo artístico brasileiro Araká, ampliando a conexão entre corpo, espaço e arte.