Nesta semana, o mercado da soja foi impactado pela divulgação de dois relatórios chave: o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a atualização da safra brasileira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ambos os relatórios trouxeram informações relevantes, mas com impactos neutros para o mercado, com poucas novidades.
Relatório do USDA
O USDA manteve suas previsões para a safra de soja dos EUA em 2024/25, que deve atingir 4,461 bilhões de bushels (121,4 milhões de toneladas). A produtividade foi estimada em 51,7 bushels por acre, sem mudanças em relação ao relatório anterior.
Os estoques finais da safra americana são projetados em 470 milhões de bushels (12,8 milhões de toneladas), praticamente inalterados em relação ao mês anterior.
Além disso, o USDA manteve suas previsões para o esmagamento (2,410 bilhões de bushels) e exportação (1,825 bilhão de bushels). A produção mundial de soja foi revista para 427,14 milhões de toneladas, ligeiramente acima da previsão de novembro, enquanto os estoques globais também foram ajustados para 131,9 milhões de toneladas.
Para a produção brasileira, a estimativa foi mantida em 153 milhões de toneladas para 2023/24 e ajustada para 169 milhões de toneladas em 2024/25. Para a Argentina, a produção de 2024/25 foi revista para 52 milhões de toneladas, um aumento de 1 milhão em relação à previsão anterior.
Relatório da Conab
A Conab trouxe uma projeção recorde para a produção de soja do Brasil em 2024/25, estimando 166,211 milhões de toneladas, um aumento de 12,5% em relação à safra anterior, que foi de 147,718 milhões de toneladas. Além disso, a área plantada deverá ser de 47,369 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior.
A produtividade também está em alta, com uma expectativa de 3.509 quilos por hectare, um crescimento de 9,6% em relação ao rendimento da safra anterior, que foi de 3.201 quilos por hectare.