quinta-feira, 14 de novembro de 2024
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AGEMS e especialistas projetam crescimento seguro da indústria do biogás e biometano em MS

Mato Grosso do Sul pode celebrar importantes avanços rumo ao aproveitamento de fontes limpas e renováveis de energia, contando com inovações alcançadas pela eficiência do desempenho da Agência Estadual de Regulação (AGEMS).  Durante o 1º Seminário de Gás Natural, em Bonito, a “Regulação do Gás e Biogás”, ganhou destaque, com especialistas e reguladores otimistas sobre superar os desafios no caminho para o futuro do biogás e da integração entre as duas fontes no cenário brasileiro.

Um painel específico destacou a importância de políticas claras e estruturadas que incentivem tanto a produção quanto o uso de biogás, considerando o grande potencial nacional.

Recurso renovável e estratégico, especialmente em regiões agrícolas, como Mato Grosso do Sul, a produção do biogás e do biocombustível gerado a partir dele, o biometano, pode representar uma solução eficiente para a sustentabilidade do setor, além de reduzir a dependência de fontes de energia mais caras e poluentes.

“É muito importante essa discussão sobre como avançar no planejamento, na oferta, no aproveitamento da potencial demanda. Estudos importantes vêm sendo feitos sobre como deve ser a logística, a regulação, as políticas públicas para incentivar essa fonte de energia renovável que vem sendo cada vez mais demandada por indústrias que buscam a redução de emissão de carbono”, frisou a engenheira ambiental Leidiane Mariani, da Amplum Biogás, especialista em energias renováveis, mestre em gestão territorial e doutora em planejamento de sistemas energéticos.

Para Paula Campos, consultora de regulação, “a AGEMS já está preparada”, considerando os significativos avanços com edição de portaria específica sobre regulação de biogás e a criação do Comitê para o Biogás e Biometano, que reúne distribuidoras de gás e de energia elétrica, secretarias dos setores de desenvolvimento, ambiental e fiscal e federação das indústrias.

“Agora é correr atrás de alternativas, fortalecer debates que vem ocorrendo, como a definição sobre tarifa de uso paga pelo produtor, redes estruturantes, viabilização do biometano nas redes de gás natural, e os incentivos dos governos federal e estadual para investimentos em equipamentos, maquinários e apoio aos produtores”, resumiu Paula.

Para os especialistas, “integração” é uma palavra-chave quando se tratar das oportunidades para gás e biometano.

“O biogás e o biometano aqui têm um aspecto muito interessante pela força do agro. Então, a gente poderia incorporar essa integração com o gás natural, inclusive numa espécie de blend para abastecer os clientes finais”, acredita o economista Lucas Ribeiro, gerente de Regulação da Eneva.

A empresa que vem fazendo levantamento sísmico para verificação de pontos com maior probabilidade de ocorrência de gás natural em Mato Grosso do Sul. “E a AGEMS é fundamental para trazer segurança jurídica e para destravar eventuais problemas que a indústria venha a enfrentar, porque tudo isso está em uma etapa inicial. Tanto na parte de prospecção de gás, quanto de biogás e biometano, é um mercado que está nascendo”, finalizou Lucas.

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