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Soja, milho, arroz e feijão: veja as condições e as estimativas de produtividade

O decorrer da semana tem sido favorável para a semeadura e colheita de algumas culturas no Rio Grande do Sul, de acordo com boletim da Emater-RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (7).

Esse é o caso da soja, cujo plantio atinge 23% da área no estado. Na semana passada, eram 10% e em igual momento do ano passado, 13%. A média dos últimos cinco anos para o período é de 24%.

“Esse progresso foi favorecido pelas excelentes condições de umidade no solo na maioria das regiões do estado, além da finalização, em algumas propriedades, da colheita de cereais de inverno e do plantio do arroz”, diz o boletim.

Assim, as condições de umidade do solo permitiram o processo de semeadura com mínimo revolvimento e deposição uniforme das sementes. As lavouras implantadas entre 20 e 25 de outubro apresentam emergência uniforme, germinação de 5 a 7 dias e rápida emissão dos primeiros trifólios.

De acordo com a Emater-RS, em parte das regiões Sul e Campanha, as condições de plantio não foram favoráveis devido à recorrência de precipitações de altos volumes, mantendo a umidade excessivamente elevada em algumas áreas e atrasando o processo de preparo e implantação.

Contudo, as condições são inversas em parte da Fronteira Oeste e Vale do Jaguari, pois a sequência de dias com ventos constantes, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas reduziu a umidade no solo e dificultou a continuidade do plantio de maneira segura.

A área de cultivo projetada pela Emater-RS está estimada em 6.811.344 hectares, e a produtividade média está apontada em 3.179 kg/ha.

Plantio do feijão

As atividades de plantio do feijão estavam aceleradas nos últimos dias. Porém, em algumas regiões, apesar do bom desenvolvimento, foi reportado murcha de plantas nos horários mais quentes do dia, retornando à turgescência somente à noite.

Ainda assim, a produtividade da cultura não foi comprometida pelo pequeno estresse hídrico. Para a safra 2024/25 no estado, a área é de 28.896 hectares, com produtividade média estimada de 1.864 kg/ha.

Finalização do plantio de arroz

Arroz de terras altas
Foto: Sebastião Araújo

O plantio do arroz está no terço final no Rio Grande do Sul, conforme a Emater-RS. As chuvas esparsas favoreceram a intensificação da semeadura e dos tratos culturais nas lavouras estabelecidas.

Conforme o boletim do órgão, nesse período de precipitações reduzidas, os produtores aproveitaram para realizar as adubações e as aplicações de herbicidas com uso de tratores em função das condições ambientais propícias para o manejo adequado da cultura e para o acesso de máquinas nos talhões.

Com isso, nos primeiros dias de novembro, observou-se um aumento significativo na irrigação das lavouras, o que indica uma eficiente adaptação dos cultivos ao momento ideal de plantio, devendo maximizar a produtividade.

Em algumas localidades das regiões da Campanha e Sul, a ocorrência de chuvas em altos volumes suspenderam novamente o plantio em parte do período. O Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA) projeta área de 948.356 hectares cultivados. Já a Emater estima produtividade de 8.478 kg/ha.

Semeadura do milho

plantio de milho safrinha no Paranáplantio de milho safrinha no Paraná
Foto: Gilson Abreu/AEN

O plantio de milho atingiu 78% da área no Rio Grande do Sul. Segundo a Emater, na semana passada, eram 74%. Em igual momento do ano passado, 79%. A média dos últimos cinco anos para o período é de 76%.

Conforme o levantamento do órgão, a maioria das lavouras (85%) segue em fase de desenvolvimento vegetativo, e houve aumento nas áreas em florescimento (15%) e em início do enchimento de grãos em cultivos mais precoces, mas sem relevância estatística.

As condições de alta incidência de radiação solar durante o dia e de temperaturas amenas à noite favoreceram a cultura, mantendo a expectativa de produtividade elevada. Pontualmente, observa-se um leve déficit hídrico nas lavouras situadas em solos mais drenados, como encostas, ou em regiões com maior intervalo entre as precipitações.

“No entanto, esse déficit não tem causado prejuízos significativos ao potencial produtivo, embora seja perceptível uma perda temporária de turgescência em áreas não irrigadas”, diz o boletim da Emater-RS.

As lavouras responderam bem aos manejos realizados, como a aplicação de nitrogênio em cobertura e a manutenção de plantas daninhas em baixas populações. O início da fase reprodutiva requer atenção ao manejo fitossanitário, sendo um estádio sensível.

A cigarrinhado-milho (Dalbulus maidis), principal praga da cultura, permanece controlada em todo o estado. Para a safra 2024/25, a Emater-RS estima o cultivo de 748.511 hectares e produtividade média de 7.116 kg/ha.

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