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‘Foram anos difíceis, com adaptação ao clima, seca e lagarta na lavoura’, compartilha o presidente da Aprosoja BA

2001 foi o ano em que Darci Américo Salvetti, atual presidente da Aprosoja Bahia, deu início à jornada no plantio e cultivo da soja. Natural de Ubiratã, no Paraná, ele e sua família se mudaram para a Bahia com o compromisso de investir na produção do grão, com as atividades em uma fazenda no anel da soja, na região de Riachão das Neves.

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Desafios em meio à semeadura

Salvetti lembra que os primeiros anos na Bahia foram difíceis. “Foram cinco anos desafiadores: adaptação ao clima, seca severa, preços baixos, ferrugem da soja e a praga da lagarta Helicoverpa. Com determinação e fé em Deus, conseguimos superar os obstáculos”, diz o produtor. Após esse período, ele se mudou para uma nova propriedade, localizada a cerca de 40 quilômetros de Luís Eduardo Magalhães, onde permanece até hoje.

Sobre a safra de soja 2024/25, Darci se mostra otimista: “Até agora, o plantio está indo muito bem. Estamos semeando dentro da melhor janela possível, o que tem trazido bons resultados. Alguns produtores da região Oeste da Bahia já terminaram a semeadura e nós já temos 80% das lavouras plantadas”, comenta.

Sustentabilidade como aliada

Além do cuidado com o plantio da soja, Darci também tem investido em práticas agrícolas sustentáveis. Em áreas mais arenosas e de solo novo, será realizado o plantio de Brachiaria, que ajudará a formar uma boa palhada para a próxima safra. “Nos últimos anos, focamos na boa dessecação pós-colheita, e o uso de milheto e Brachiaria tem dado excelentes resultados no controle das ervas daninhas. Com isso, conseguimos erradicar as plantas perenes e utilizamos a dose recomendada de herbicidas com eficiência”, explica.

Outro grande diferencial tem sido a incorporação de tecnologias de ponta. “A agricultura de precisão, o controle do tráfego de máquinas e o uso de drones com imagens multiespectrais têm sido essenciais para otimizar a produção. Além disso, estamos sempre atualizando nossas máquinas, o que nos permite melhorar a qualidade e a eficiência do trabalho”, afirma Darci.

Apesar de ser cedo para tirar conclusões sobre doenças e pragas, ele sabe que o controle fitossanitário é um dos maiores desafios no caminho. “Cada ano é um ano novo. A tecnologia nos ajuda a monitorar as lavouras e agir rapidamente diante de qualquer problema. Quanto aos solos, usamos a agricultura de precisão para criar um perfil detalhado de cada talhão”, comenta.

Desafios

Entre os maiores desafios da região, Darci destaca o problema com nematóides. “Infelizmente, temos dificuldades com nematóides, que afetam a produtividade. No entanto, estamos em busca de soluções, como o uso de variedades resistentes. Trabalhamos em parceria com laboratórios para identificar os tipos de nematóides presentes em nossas lavouras e, a partir disso, selecionar as variedades mais adequadas para cada talhão, o que tem ajudado no controle desse problema.”

Com foco em inovação e tecnologia, Darci acredita que essas estratégias serão fundamentais para mitigar os impactos e garantir a sustentabilidade da produção de soja na região. Ele está confiante de que, com o uso de novas soluções, será possível enfrentar os desafios de forma mais eficaz e assegurar o futuro da agricultura na região.

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