M
arca cearense Catarina Mina apresentou possibilidades de futuro na passarela desta temporada da SPFW (São Paulo Fashion Week) . A cada modelo que entrava na passarela era possível observar técnicas manuais aplicadas de maneira ímpar como crochê, bordado, filé, bilro e macramê; ambas celebrando, também, a tradição artesanal cearense da marca e a conexão com a Amazônia para um futuro possível.
Batizada de “Herdeiras do Futuro”, a coleção explora todas as técnicas manuais de forma crua, aliadas à alfaiataria, ganhando não romantismo, mas sofisticação. Na paleta: tons primários, como azuis e vermelhos, terrosos e intensos, off white e dourado.
Todos os elementos explorados pela marca ainda trouxeram materiais como gaze de seda, linho e, como destaque, a borracha amazônica — fruto de uma colaboração inédita com a marca paraense Da Tribu, referência em moda sustentável. Todo o styling foi feito por Dudu Bertholini.
“Queremos imaginar e construir um futuro onde a sustentabilidade e o artesanato caminhem lado a lado, e Herdeiras do Futuro é sobre isso, sobre um futuro possível”, afirmou Celina Hissa, diretora criativa da marca. “E a borracha da Amazônia entra como um item de destaque nesta temporada.”
Para a beleza, a maquiadora Joana Moura, em parceria com Eudora, trouxe produtos que rementem às cores das peças e uma pele natural, para exaltar o brilho, a naturalidade.
“A gente acreditou em uma beleza vindo para o glow, para o brilho. Mas a gente não fala só do brilho da maquiagem, mas do brilho que vem de dentro para fora de cada modelo”, pontua a especialista em beleza. “Existe uma suavidade nesse brilho. É como se fosse um rastro de estrela. Uma chuva de glitter vindo no rosto de cada uma delas.”
Quem é a Catarina Mina?
Catarina Mina é formada por brasileiras e cearenses. Alma de crochê e pensamento. São mais de 18 anos de uma moda diferente, focada em quem produz, e concentra seus esforços em questionar, repensar, refletir e tomar decisões pensando no coletivo. Trabalha por todo o estado do Ceará para fortalecer mais de 10 linguagens artesanais e saberes manuais, únicas como o nosso povo.
Em 2014, resolveu revolucionar e abrir os custos de produção com o projeto #UmaConversaSincera, chamando o consumidor para uma conversa, incluindo designers e artesãos. Por essas e outras, foi agraciada com o prêmio Vogue Brasil/Ecoera, em 2015, e em 2016 com o Brasil Criativo, da 3M.