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Semana pra Dança: grupo corumbaense celebra cultura pantaneira com espetáculo ‘Comitiva Esperança’

Na noite de terça-feira (1º), como parte das atrações da 13ª edição da Semana Pra Dança, o grupo Oficina de Dança de Corumbá apresentou o espetáculo “Comitiva Esperança” no Armazém Cultural, em Campo Grande.

Com 12 bailarinos, o grupo corumbaense retrata, por meio da coreografia, o dia a dia do homem pantaneiro, destacando seus costumes, danças e músicas, influenciados pela Bolívia e Paraguai. Uma das marcas da apresentação é o figurino dos dançarinos, inspirado em trajes típicos da região do Pantanal com desenhos que retratam a fauna pantaneira, como o tuiuiú, a arara-vermelha e a onça-pintada, além de outros elementos, como o Trem do Pantanal e a viola de cocho.

A coreografia, concebida por Joilson Cruz, faz referência à tradicional festa folclórica do Banho de São João, passando por ritmos sul-mato-grossenses e músicas de renomados artistas do Estado, como Almir Sater, Grupo Acaba, Guilherme Rondon, Tetê Espíndola e Dino Rocha. Criado em 1999, o projeto é mantido pela Prefeitura de Corumbá, por meio da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal. 

O coordenador da Oficina de Dança de Corumbá, Edelton Mendes Amorim, de 34 anos, explicou sobre a composição da apresentação. “O espetáculo ‘Comitiva Esperança’ foi pensado para exaltar as belezas de Mato Grosso do Sul, retratando nossa fauna, flora e as músicas tradicionais da nossa terra, como as de Delio e Delinha, Grupo Acaba e Almir Sater. Usamos as violas de cocho, que são patrimônio imaterial tombado, e trazemos referências da dança paraguaia e da Cúmbia boliviana, além de encenarmos o Banho de São João, como acontece na ladeira em Corumbá”.

Antes do espetáculo de dança, também foi ministrada oficina de Siriri e Cururu. “Fizemos uma oficina de Siriri e Cururu e uma apresentação do Siriri com música ao vivo para os alunos. Na oficina, falamos um pouco sobre a diferença entre o Siriri de Mato Grosso e o Siriri de Mato Grosso do Sul, além das cantigas, do funcionamento, das vestimentas e do Banho de São João, que é quando realizamos a dança do Siriri. Durante o Banho de São João, os cururueiros fazem a roda do Cururu, erguem o mastro que homenageia São João e realizam o ritual de banho no Rio Paraguai”, destacou Edelton.

Adilson da Costa, aposentado de 65 anos, emocionou-se ao assistir à apresentação: “Eu adoro essa cultura da minha terra, fico maravilhado, cheguei a chorar de emoção. É muito rica nossa música, com vários gêneros musicais e danças tradicionais do nosso estado. Fico feliz porque, desde a minha adolescência, curto essas danças folclóricas e vejo que ainda estão vivas e fortes. Além disso, o espetáculo é gratuito, proporcionando acesso à cultura do nosso povo e permitindo que ela seja passada para as próximas gerações. É importante não deixar essa cultura morrer”.

A Semana pra Dança 2024 acontece de 30 de setembro até 6 de outubro. A programação completa de oficinas, espetáculos, coreografias e festa pode ser conferida neste link. Os ingressos para os espetáculos são gratuitos e serão liberados sempre 30 minutos antes de cada apresentação. 

O evento é realizado pelo Colegiado Estadual de Dança de MS, Associação Arado Cultural, FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) e Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Acompanhe a programação diária pelos perfis oficiais no Instagram da Fundação de Cultura de MS, da Arado Cultural e Semana pra Dança.

Bel Manvailer, Comunicação Setesc
Fotos: Ricardo Gomes/Setesc



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