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Incidência de greening desacelera em 54% no cinturão citrícola de SP

A pressão do greening no cinturão citrícola do estado de São Paulo em 2023 foi 54% menor neste ano em comparação a 2023, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).

O documento destaca como motivos as medidas de controle mais eficazes, a melhoria das práticas agrícolas e as temperaturas mais altas para a desaceleração da doença.

A redução da inciêndia contraria as expectativas, visto o recorde de população de psilídeo registrado em 2023.

Clima e manejo

O estudo revelou que a ocorrência de temperaturas mais altas que o normal em todo o cinturão citrícola no segundo semestre de 2023 e início de 2024 pode ter acelerado o crescimento dos brotos e interferido na multiplicação da bactéria causadora do greening.

Além disso, foi verificada melhoria nas medidas de controle, como, por exemplo, uso de inseticidas mais eficazes e redução do intervalo de aplicação.

Menor incidência de greening nos talhões

O levantamento da Fundecitrus também destaca que para a desaceleração do greening foi observada a eliminação de plantas doentes, principalmente de talhões inteiros severamente afetados e nas regiões com baixa incidência.

De acordo com o relatório, a melhoria no manejo do greening dentro das propriedades foi evidenciada pelo menor aumento da incidência nos talhões internos (de 32,71% para 36,43%) que nos talhões de borda (de 40,06% para 47,25%).

“Esse é o resultado do trabalho de toda a cadeia produtiva de citros, que não está medindo esforços para combater o greening nas propriedades rurais do estado de São Paulo. Ainda há muito a fazer, mas estamos no caminho certo de eliminar essa doença, que afeta um dos setores mais importantes para o agro paulista”, ressalta o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai.

Produção de laranja em São Paulo

Foto: Marcos Santos

A produção de laranja em São Paulo foi superior a 10,6 milhões de toneladas em 2023, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

O volume garante a São Paulo o status de maior produtor de laranja do país, com cerca de 78% do total nacional.

O protagonismo da citricultura paulista também aparece no valor de produção. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse número ficou em R$ 10,7 bilhões em 2022, enquanto o segundo estado com maior valor de produção de laranja foi Minas Gerais, com R$ 1 bilhão.

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