segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

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Saiba o que mudará no corpo dos astronautas presos no espaço até o ano que vem

Miguel J. Rodriguez Carrillo

Butch Wilmore (D) e Suni Williams (E)

Após um voo até a Estação Espacial Internacional (ISS)
, a  missão
de Butch Wilmore
, de 61 anos, e Sunita Williams
, de 58, que deveria ter sido breve, sofreu uma reviravolta inesperada. A falha técnica da nave Starliner
, da Boeing, forçou uma mudança de planos: em vez de retornar imediatamente, os astronautas terão que permanecer na ISS até fevereiro de 2025, aguardando uma nova missão da SpaceX
.

O prolongamento da estadia não é apenas uma questão de agenda. De acordo com especialistas, essa extensão pode ter impactos físicos e psicológicos
significativos. A doutora Thais Russomano, especialista em medicina espacial, alerta que a exposição prolongada à microgravidade e à radiação cósmica pode gerar efeitos adversos, como aumento da pressão intracraniana e problemas de visão. A entrevista foi concedida ao Fantástico
, da TV Globo
.

Além disso, o lado psicológico é uma preocupação constante. O astronauta Chris Hadfield
, que já comandou a ISS, descreveu a experiência como desafiadora: “No espaço, o corpo perde a noção de direção e enfrenta dificuldades com o equilíbrio nos primeiros dias. E há ainda o fator psicológico de viver em um ambiente perigoso e isolado, sem saber exatamente quando se poderá voltar para casa.”

Apesar dos desafios, a ciência tem mostrado que, com o retorno à Terra, o corpo dos astronautas tende a se recuperar dos efeitos do espaço. Butch e Sunita, mesmo diante dessa inesperada extensão de missão, permanecem otimistas, conscientes de que sua saúde e experiências contribuirão para futuros estudos sobre longas estadias no espaço.

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