A
pós aprender a ficar de pé,
Liniker
está pronta para correr em direção ao sol. Em seu mais novo álbum de estúdio, ela abre as portas para sonoridade pop, apoiada em um alter-ego poderoso: ela é
Caju
, que a representa em uma versão ainda mais radiante e segura de si.
Essa gestação começou lá atrás, durante a turnê de
Índigo Borboleta Anil
, disco que rendeu seu primeiro Grammy Latino. Foi no palco, sentindo o calor do público, que ela começou a vislumbrar os caminhos que queria seguir. “Para onde eu vou agora que está todo mundo na expectativa que meu próximo álbum também já nasça consagrado?”, ela se perguntava.
Foi assim que, em meio às expectativas dos fãs e da crítica, ela encontrou a sua própria. “Sempre quis um álbum pop”, declarou em entrevista exclusiva à
CAPRICHO
. Essa ideia veio de seu entendimento de que, mesmo sendo uma cantora já consagrada na MPB, ela conversa com um público amplo – que supera a bolha de um único estilo.
Por mais que eu não esteja nos grandes charts, minha música tem um alcance popular por ser 100% pautada no que eu sinto. As pessoas se sentem conectadas por essa poesia.
O desejo de se lançar no pop não era apenas uma questão estética ou mercadológica; era uma necessidade de explorar um espaço confortável para ela, em que sua verdade pudesse brilhar sem filtros.
“Quando eu apareci em 2015, queria muito falar de música, mas fui muito limitada a falar de pautas de gênero. E eu sentia que isso ia me reduzindo. Agora, quase 10 anos depois e com os pés no chão, mais madura, entendi que
eu tenho que ser dona da minha narrativa.”
Impulsionada por uma jornada de autoconhecimento e pela certeza de que, finalmente, está exatamente onde deveria estar, ela se compara à personagem Beatrix Kiddo, do filme
Kill Bill
, que, após um longo processo de cura, conseguiu mexer os pés e levantar em busca de sua vingança. Só que, no caso de Liniker, sua “vingança” é diferente.
Eu entendi que a minha maior vingança, para um sistema e para uma sociedade que tenta me apagar e aniquilar muitas das minhas, seria a minha excelência profissional e o meu bem-estar comigo mesma.
A escolha do nome é curiosa, quase como um prenúncio do que está por vir— um sabor brasileiro, de fruta que amarra a boca, mas que também é doce. E como um caju, o álbum também é cheio de contrastes, de texturas que prendem e soltam ao mesmo tempo. Ela avisa: “É um álbum pop, solar, dançante, maduro e muito seguro musicalmente e pessoalmente.”
Dentro dessa jornada, o pop de Caju ganha vida com produções refinadas, fruto da colaboração com
Fejuca
e
Gustavo Ruiz
, produtores com quem também trabalhou no disco anterior, e de novos parceiros como
Tropkillaz
,
Iuri Rio Branco
,
Marcio Arantes
e
Nave
. E é no estúdio, entre fitas analógicas e instrumentos gravados ao vivo, que Liniker explora sua pluralidade sonora, indo do jazz ao pagodão, do brega ao house.
Em 11 de julho, a nova era da cantora estreou com
Tudo
, o primeiro single do projeto. A música chegou acompanhada de um videoclipe em que Liniker aparece radiante, vestindo top, bota e muito brilho – e que a CAPRICHO acompanhou de pertinho e você pode ver aqui e aqui.
EXCLUSIVO CH
| A CAPRICHO acompanhou com exclusividade de pertinho os bastidores do videoclipe do novo single da @linikeroficial, “Tudo”. Passamos o dia no set de gravação com a equipe da cantora e ela mandou um recadinho para os nossos seguidores. E foi tudo – literalmente!