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Linha do tempo: Marco Nanini

31 de maio de 1948

Recife, Pernambuco:
Nasce Marco Antônio Barroso Nanini, filho de Cecy e Dante.

1954

Manaus, Amazonas:
Dante, Cecy, Marco e José Alberto (irmão mais velho de Nanini) se mudam para Manaus, onde Dante foi chamado para trabalhar no luxuoso Hotel Amazonas. Foi em Manaus que Nanini teve seu primeiro encanto com um teatro
, o Maloca dos Barés, um espaço improvisado. Nos encontros constantes com artistas nos corredores do hotel, Nanini começa a colecionar autógrafos de seus ídolos.

Familia Nanini/arquivo pessoal

1958

Rio de Janeiro:
A família se muda para a capital carioca, vinda de Belo Horizonte. No Rio, a moradia dos Nanini era novamente um quarto de hotel.

1964

Brasil:
Golpe militar. Nanini estava com 15 anos. No mesmo ano, se envolve com o grupo de teatro da Igreja de Santa Teresinha do Menino Jesus, em Botafogo. Após algum tempo cercando os artistas e acompanhando os ensaios, foi convidado a fazer o papel do bruxo na peça “O bruxo e a rainha”. Foi ali também que conheceu outro grande amigo, o ator Pedro Paulo Rangel, o Pepê.

1965

Rio de Janeiro:
Nanini e Pepê levam a sério a ideia de construir uma carreira nas artes cênicas. Juntos, prestam o vestibular para o Conservatório Nacional de Teatro, vinculado ao Serviço Nacional de Teatro, que tinha como diretora a temida crítica teatral Bárbara Heliodora. A prova incluía a encenação de um trecho de texto clássico. Nanini escolheu “Antígona”. Na sua banca, estavam Gianni Ratto, Maria Clara Machado e a própria Bárbara. Ele e Pepê foram aprovados.

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Marco Nanini, ator. J. FERREIRA DA SILVA/acervo rede Abril

1969

Teatro com Dercy Gonçalves:
Nanini foi convidado pelo ator Dary Reis – que havia sido seu professor no Conservatório – a substituir um ator durante uma temporada na trupe de teatro de Dercy Gonçalves, que já era bastante conhecida no país naquela época. Foi com Dercy que viajou pelo país e teve uma das grandes lições de carreira: dominar o improviso.

1973

Grande sucesso:
Aos 25 anos, estreia “As desgraças de uma criança”, um dos grandes sucessos de seu começo profissional. Nesse período, conheceu duas outras grandes atrizes, que viriam a se tornar amigas de Marco: Marieta Severo e Camilla Amado.

1986

Nova York, EUA:
Começou com uma ida ao teatro. Marília Pêra e Gerald Thomas decidiram assistir ao espetáculo “The mystery of Irma Vep”. Acharam o nome curioso. Três horas depois, Marília saiu embasbacada e decidida a dirigir a peça no Brasil. Então, dois nomes vieram em sua cabeça: Marco Nanini e Ney Latorraca. Poucos meses depois, os atores estreavam a peça “O mistério de Irma Vap”. Já na primeira noite, receberam no camarim a visita de Fernanda Montenegro, que disse ter adorado o espetáculo e que aquela era uma peça que deveria ficar 10 anos em cartaz. Fernanda errou por um ano; a peça fez uma longa temporada, que durou 11 anos.

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Reprodução/reprodução

1993

Parceria com Guel Arraes:
Nanini e o diretor Guel Arraes já se conheciam desde que trabalharam juntos no seriado “Armação Ilimitada” em 1986. Desta vez, se juntaram em “Terça Nobre”, um programa produzido por Guel, que encenava clássicos da literatura
brasileira. Juntos, emendaram o projeto “A Comédia da Vida Privada” em 1994, com textos de Luis Fernando Verissimo.

1995

São Luís, Maranhão:
Marco Nanini estrelou um dos primeiros filmes da retomada do cinema brasileiro, “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil”, de Carla Camurati. O filme também celebrou o reencontro de Nanini e Marieta Severo. Na obra, o ator interpretou o papel de Dom João VI, príncipe regente.

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marco-nanini-carlota-joaquina-marieta-severo
IMDB/reprodução

2001

Rio de Janeiro:
Guel Arraes estava com um projeto sob sua responsabilidade: reencenar 12 episódios de uma série criada nos anos 1970, “A Grande Família”. Originalmente criada por Oduvaldo Vianna Filho, Guel prontamente chamou Nanini para viver Lineu. O desafio seguinte foi encontrar a atriz que faria Dona Nenê. Marília Pêra e Regina Casé recusaram. O terceiro nome fechou com sorte aquela iniciativa. Marieta Severo havia finalizado as gravações de “Laços de Família” e, já no dia seguinte, se juntaria ao elenco da série. “A Grande Família” permaneceu no ar durante 14 temporadas e se tornou um dos maiores marcos da TV brasileira.

2024

São Paulo:
Marco Nanini reestreia a peça “Traidor”, sob a direção de Gerald Thomas.

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Annelize Tozetto/ Festival de Curitiba/divulgação



Nota da reportagem
: As informações foram obtidas a partir do livro “O avesso do bordado: uma biografia de Marco Nanini”, de Mariana Filgueiras, publicado em 2022 pela Companhia das Letras.

Fonte

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