A ADATA também está entrando no segmento de consoles portáteis e apresentou durante a Computex 2024
a primeira versão do XPG Nia, que promete dar trabalho para a concorrência
. O portátil utiliza o mesmo chip AMD
Z1 Extreme do ROG Ally X
e Legion Go
, mas, no lugar das memórias LPDDR5X, adotou o novo padrão LPCAMM2
, permitindo que o próprio usuário realize o upgrade de 16 GB para até 64 GB.
Em entrevista ao Canaltech
, o Head de Produtos da XPG, Luca Di Fiore, explicou um pouco mais sobre a proposta de XPG Nia. Seu diferencial está na expansibilidade, versatilidade de modificações e, principalmente, sustentabilidade, a uma faixa de preço de até US$ 600.
“Esse é o futuro do [mercado] gaming, é a abordagem da Nintendo de experiência sobre desempenho. Há uma visão especial sobre o futuro sobre a qual estamos falando. Isso porque, acima de tudo, todos precisamos fazer algo de bom para o meio ambiente. Quando lançarmos [o XPG Nia], vamos liberar todos os arquivos 3D e esquemas eletrônicos e de montagem. Se você não gostou da cor, você pode imprimir outro [chassi] do seu agrado, fazer o que tiver vontade”, explicou Luca Di Fiore, Head de Produtos da XPG.
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Personalização total
Por isso é tão importante para a ADATA garantir que os componentes internos sejam dispostos de uma forma que o próprio usuário consiga acessar e substituí-los sem muito esforço. As memórias LPCAMM2
têm um papel crucial nesse processo, uma vez que uma das características de utilizar APUs é que a memória de vídeo é compartilhada com a do sistema.
Ou seja, ao trocar um módulo de 16 GB de memória por um de 64 GB, automaticamente você também está liberando mais memória para a GPU Radeon 780M trabalhar
, sendo possível carregar mais texturas e texturas maiores. Conforme as tecnologias de baterias evoluírem, também será possível trocar a bateria original por uma com maior capacidade.
A comunidade modder já se mostrou bastante criativa com as soluções improvisadas criadas para resolver problemas do ROG Ally original
. Ao liberar todo o esquema de conectores e montagem do XPG Nia, a ADATA fornece o caminho para que os usuários possam imprimir chassis completamente autorais, mas respeitando as furações e encaixes precisos das PCBs, criando consoles totalmente personalizados.
Para os upgrades mais imediatos, sequer será necessário abrir o XPG Nia, pois os slots de memória e SSD
podem ser acessados diretamente por uma tampa localizada abaixo do apoio traseiro.
Segundo Di Fiore, com isso é possível ‘trazer para a mesa’ uma liberdade total para os donos do Nia criarem suas experiências ideias para o que seu portátil deveria oferecer. Para garantir a faixa de preço de até US$ 600, a ADATA precisa cometer alguns sacrifícios e o principal será no campo do sistema operacional
.
O XPG Nia exposto na Computex trazia uma versão do Windows
11, mas provavelmente esse não será o caso para o modelo final. Em um console de US$ 800
, “apenas o Windows corresponde a uns bons 15% desse valor”, afirmou o executivo à reportagem.
“Os usuários que preferirem, podem utilizar licenças próprias do sistema da Microsoft, sem o receio de incompatibilidade de drivers.”
Dessa forma, a solução ideal para a ADATA é vender o console com alguma distribuição Linux aberta e gratuita, mas ainda assim a empresa irá fornecer em sua página oficial os drivers necessários para o Windows.
Luca Di Fiore ainda afirmou que, não apenas a ADATA, mas toda a indústria está se voltando para o segmento dos consoles portáteis como alternativas mais baratas aos notebook gamers, que devem ficar cada vez mais caros com a chegada dos AI PCs
.
O XPG Nia ainda não possui data para chegar ao mercado, mas a proposta altamente modular e personalizável é de longe uma das mais promissoras para esse novo segmento.
O Canaltech
viajou à Taipé, Taiwan, para cobrir a Computex 2024 a convite da Taitra.
Leia a matéria no Canaltech
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