quinta-feira, 28 de novembro de 2024
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Trigo: confira preços e cotações no Brasil

O mercado brasileiro de trigo está em um período de cautela, com os agentes adotando uma postura defensiva.

A consultoria Safras & Mercado aponta que, devido a uma safra complicada no Rio Grande do Sul, existe a possibilidade de os moinhos gaúchos buscarem trigo do Paraná, o que seria uma inversão em relação à safra passada.

No Paraná, o preço indicativo CIF (custo, seguro e frete) para os moinhos está em torno de R$ 1.000 por tonelada. No FOB (livre a bordo), varia entre R$ 930 e R$ 950 por tonelada. No Rio Grande do Sul, os preços FOB são próximos a R$ 1.050 por tonelada.

A compra de trigo paranaense a R$ 950 por tonelada no FOB do interior do Paraná possibilitaria que esse trigo chegasse aos moinhos gaúchos, custando entre R$ 1.050 e R$ 1.100 por tonelada, dependendo do destino, incluindo o ICMS.

No entanto, vale mencionar que a moagem no Rio Grande do Sul excede o consumo de farinha no estado em cerca de 1,0 milhão de toneladas (equivalente em grãos).

O excedente pode ser vendido para outras origens com crédito de ICMS, o que tornaria a aquisição de trigo paranaense viável. No entanto, se esse movimento ocorrer, poderá segurar os preços do trigo paranaense, já que mesmo que a produção do Paraná atinja o potencial de 4,38 milhões de toneladas, ela supera a moagem estadual em apenas 600 mil toneladas.

O consumo estimado de ração/semente no estado é de 700 mil toneladas. Normalmente, o Paraná importa trigo do exterior para equilibrar seu quadro de abastecimento e também vende lotes para outras unidades da federação. Em resumo, os números indicam um cenário sem grandes excedentes. Se a demanda de outros estados ou mesmo para exportação aumentar, é provável que os compradores locais entrem no mercado para garantir o abastecimento. Diante dessa perspectiva e das incertezas climáticas em torno da produção nacional, o analista sugere que é um bom momento para os compradores entrarem no mercado e reduzirem o preço médio de suas aquisições.

Trigo em Chicago

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os preços do trigo encerraram significativamente mais baixos. Os contratos apresentaram volatilidade durante a maior parte da sessão, mas acabaram consolidando-se em território negativo.

Isso se deveu, em parte, ao alívio das preocupações sobre o fornecimento proveniente da região do Mar Negro. Além disso, a falta de competitividade do trigo dos Estados Unidos também teve um impacto negativo. O trigo russo continua inundando o mercado internacional a preços baixos.

Mesmo com o bloqueio russo no Mar Negro, um navio carregado com 3 mil toneladas de trigo partiu de um porto ucraniano próximo a Odessa nesta terça-feira. Outra embarcação está sendo carregada e tem o Egito como destino, conforme agências internacionais.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou um relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de trigo de primavera. Até 17 de setembro, a colheita atingiu 93%, em comparação com 87% na semana anterior. No mesmo período do ano passado, estava em 93%, e a média dos últimos cinco anos é de 93%.

Quanto ao plantio das lavouras de trigo de inverno, até 17 de setembro, a semeadura atingiu 15%, em comparação com 7% na semana anterior. No mesmo período do ano passado, estava em 19%, e a média dos últimos cinco anos é de 16%.

No encerramento da sessão, os contratos com entrega em dezembro foram cotados a US$ 5,84 por bushel, uma queda de 7,25 centavos de dólar, ou 1,22%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em março de 2024 foram negociados a US$ 6,10 1/4 por bushel, registrando uma queda de 6,25 centavos, ou 1,01%, em relação ao fechamento anterior.

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