A chegada de um bloqueador de anúncios nativo no Safari ainda não foi confirmada pela Apple
, mas o rumor já deixou muitos jornais em alerta — ao menos no Reino Unido. De acordo com o site Financial Times, um grupo de veículos de imprensa enviou uma carta à Apple para informar sobre as consequências negativas que a medida traria à monetização dos sites.
O documento é assinado pela News Media Association, composta por mais de 900 veículos britânicos, incluindo nomes como o The Guardian e o The Daily Telegraph. A carta indica que muitos jornais dependem da monetização obtida através de anúncios nos sites e um eventual bloqueio do navegador — um dos mais usados no planeta — teria impactos negativos para o faturamento.
A carta, obtida pela publicação, diz que os bloqueadores de anúncios são “ferramentas bruscas que frustram a habilidade dos criadores de conteúdo para financiarem seu trabalho de forma sustentável, e poderia fazer com que os consumidores perdessem informações importantes que seriam muito úteis para eles”. Até o momento, a Apple não se pronunciou sobre o caso.
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O que pode mudar no Safari
Rumores indicam que o Safari será reforçado com funções de IA a partir do iOS 18
e de outras atualizações de sistemas operacionais da Apple. A novidade traria duas funções diferentes: o Intelligent Search (“pesquisa inteligente”, em tradução livre), capaz de resumir páginas da web com base nas palavras-chave, e o Web Eraser (“borracha da web”, em tradução livre), para retirar anúncios e outras partes de um site.
O Web Eraser poderia funcionar como um recurso de privacidade para ocultar imagens e blocos específicos de uma página, além de salvar essas informações para acesso futuro. Esse aspecto também preocupa os veículos ingleses, que argumentam que a medida afetaria a responsabilidade editorial das matérias, e por isso pediram uma reunião com a Apple para discutir os impactos.
Os bloqueadores de anúncios não são nenhuma novidade na internet — já existem como extensões ou até de forma nativa em apps como o Opera
. No entanto, a chegada do recurso ao Safari seria preocupante a quem depende dessa fonte de renda por causa da base de usuários da ferramenta, instalada nos aparelhos da Apple — o navegador é o segundo mais usado no mundo
nos celulares e o terceiro mais usado nos computadores.
Qualquer novidade oficial da Apple sobre o tema deve ser revelada apenas durante a WWDC 2024
, conferência da Gigante de Cupertino com as novas gerações de sistemas para todos os produtos da empresa, marcada para 10 de junho
Leia a matéria no Canaltech
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