domingo, 24 de novembro de 2024
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Plantio da soja em Mato Grosso é oficialmente liberado neste sábado (16)

O plantio da soja 2023/24 no estado começa oficialmente neste sábado (16) diante do fim do período do vazio sanitário. Contudo, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 0,45% da área destinada ao grão já foi semeada diante autorização de plantio excepcional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ou seja, em torno de 55 mil hectares.

A expectativa é que nesta safra 2023/24 de soja Mato Grosso plante 12,222 milhões de hectares, leve incremento de 0,82% em relação a temporada passada. Já quanto a produtividade, considerando a média das últimas cinco safras, são esperadas 59,70 sacas por hectare, 4,17% a menos do que no ciclo anterior, o que pode influenciar na produção final prevista em 43,782 milhões de toneladas, 3,39% abaixo da passada.

O diretor-executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Wellington Andrade, pontua que as perspectivas para a nova temporada “por enquanto são normais”.

“O início desse plantio depende muito da previsão climática, principalmente no mês de setembro. Para esse ano estamos esperando, talvez, uma instabilidade climática devido ao El Niño. Para a região Centro-Oeste e as mais ao Norte, o El Niño pode influenciar com alguns veranicos”.

Foto: Canal Rural Mato Grosso

Preços e custo de produção são desafios na soja

Conforme o diretor-executivo da Aprosoja-MT, além do clima, o preço do grão e os custos de produção serão outros desafios da nova temporada.

No que tange aos preços pagos pela soja, Andrade comenta que tudo dependerá do andamento da safra americana. A entidade recentemente realizou uma missão internacional nos Estados Unidos e, segundo o diretor-executivo, verificou-se que o problema climático por lá ocorre em estados menos influentes.

“Os maiores estados, como Iowa, Illinois, Indiana e Missouri, eles vão ter uma produtividade boa. Então, na média, essa produtividade e essa produção vão estar muito próximas do normal. Isso influência diretamente no preço em Chicago. Ou seja, a demanda estará, de certa forma, estável e é muito provável que os preços não tendem a subir muito, ao menos ficarem estáveis e, talvez, até cair um pouco, dependendo depois da safra brasileira”.

O custo operacional efetivo (COE) em julho ficou em R$ 5.638,54 por hectare, com base em levantamento feito Projeto Rentabilidade, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), em parceria com o Imea e Embrapa Agrossilvipastoril.

Segundo Andrade, o recuo nos preços pagos pela soja em relação aos custos de produção da safra 2023/24 pode ser um problema.

“Os insumos estão com custo alo, então acaba impactando diretamente na rentabilidade do produtor. [O produtor deverá ter] cautela, principalmente, quanto aos custos dos insumos. Ele tem que saber esperar e avaliar bem aquele momento da janela ideal para estar adquirindo os seus insumos. Fazer conta com aquilo que ele espera produzir ou aquilo que ele espera receber pelo seu produto na hora da venda”.


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