Os restos de uma explosão cósmica estão na foto destacada pela NASA
nesta terça-feira (16). Eles fazem parte do remanescente de supernova da Vela, que se formou quando uma estrela na constelação homônima chegou ao fim do seu ciclo
.
Isso aconteceu há cerca de 11 mil anos; Após a explosão
, um ponto luminoso se tornou visível no céu, como se fosse uma nova estrela, e formou uma nuvem de detritos com quase 100 anos-luz de extensão.
Após a explosão, as camadas mais externas da estrela colidiram com o meio interestelar, criando uma onda de choque que é visível até hoje. Esta estrutura, bem como os filamentos de matéria do remanescente, estão na foto.
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A matéria gasosa se afasta da estrela detonada, e enquanto isso, decai e reage com o meio interestelar. O processo resulta na emissão de luz em diferentes cores e níveis energéticos.
E, afinal, o que aconteceu com os restos da estrela após a explosão? Saiba que o núcleo dela continua existindo ali como um pulsar, uma estrela tão densa que tem massa parecida com a do Sol
, mas tem poucos quilômetros de diâmetro e dá mais de 10 voltas em torno do seu próprio eixo a cada segundo.
Remanescente de supernova da Vela
Localizado a cerca de 800 anos-luz, o remanescente da Vela é formado por vários filamentos de matéria espalhados pelo céu. Trata-se de uma das explosões cósmicas mais próximas da Terra, sendo também uma das mais históricas.
Foi durante a década de 1950 que astrônomos perceberam que este objeto era uma fonte significativa de emissões de rádio
. Na década seguinte, eles relacionaram a fonte de emissões à nebulosa e seus filamentos na luz visível, que formam o remanescente na foto acima.
Alguns anos depois, astrônomos da Austrália sugeriram que o Pulsar da Vela poderia ser a origem do remanescente. Hoje, sabemos que eles acertaram — aquela foi uma das primeiras vezes em que foi sugerido que as estrelas de nêutrons nasciam de alguns tipo de supernova.
Mesmo após tanto tempo, a onda de choque da explosão estelar continua se expandindo pelo espaço, colidindo com o meio interestelar e criando filamentos. Ali, há linhas de emissão de elementos como cálcio, carbono, oxigênio e muitos outros, formados pela fusão nuclear no interior da estrela ou até pela explosão dela.
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