Na manhã desta sexta-feira (15), a cidade de Sonora, cidade localizada no extremo Norte do Estado, foi palco de mais um episódio violento decorrente da guerra entre facções criminosas. Um professor identificado até o momento apenas como Jair e um jovem como João Victor, foram brutalmente assassinados ao lado de uma creche, em um ato que evidencia a disputa pelo domínio do tráfico de drogas na região. O crime deixou a comunidade escolar em pânico, embora não tenha ferido nenhum aluno ou professor.
Os disparos de arma de fogo foram ouvidos por professores e alunos que estavam na creche, criando um clima de tensão e medo no local. Os alvos foram atingidos e caíram em pontos distintos: um em um gramado e outro em uma área asfaltada. As circunstâncias exatas do crime e como os autores chegaram ao local ainda não foram esclarecidas pelas autoridades.
A presença da Polícia Militar já foi registrada na área, enquanto aguarda-se a chegada da perícia e da Polícia Civil para investigar o ocorrido. Um elemento perturbador foi encontrado próximo aos corpos das vítimas: um “recado” que parece ser uma ameaça direcionada a outros indivíduos ligados às facções criminosas envolvidas. O texto diz: “Um recado CV MS”, seguido por uma declaração de compromisso com a luta da facção Comando Vermelho, mencionando nomes de supostos alvos.
Este não é o primeiro episódio de violência ligado à disputa entre facções criminosas em Sonora. No dia 28 de fevereiro deste ano, um homem foi assassinado no lugar do seu genro, em um crime que aponta para a mesma motivação. Os conflitos entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) têm se intensificado na região desde o ano passado, deixando a população local em constante estado de alerta e preocupação.
As autoridades policiais continuam suas investigações para identificar os responsáveis por esse ato de violência e buscar justiça para as vítimas e suas famílias. Enquanto isso, a comunidade de Sonora permanece sob a sombra da violência e do medo, aguardando medidas efetivas para conter a escalada da criminalidade na região.
Fonte: Maikon Leal
