segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

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Bioparque garante 2ª chance para jiboia Rachel Carson e reforça saúde e bem-estar animal como prioridades

 Inserida em um contexto de educação ambiental, a jiboia batizada de Rachel Carson, considerada a embaixadora da conscientização ambiental no Bioparque Pantanal, foi apresentada na última terça-feira (5), aos visitantes do complexo no retorno das visitas escolares. A serpente amazônica que não pode ser reinserida na natureza ganhou uma segunda chance no maior aquário de água doce do mundo.

Antes de ser levada ao Bioparque, a cobra vivia em um circo no município de Amambai. O animal foi apreendido pela Polícia Militar Ambiental (PMA), pois em Mato Grosso do Sul é proibida atividades circenses com uso de animais. A serpente perdeu seus extintos naturais e de defesa, em virtude da interação contínua com humanos durante as atrações circenses e, por este motivo, seria facilmente predada na natureza.

O nome do animal é uma homenagem à bióloga marinha, Rachel Carson, considerada mãe do ambientalismo e precursora da educação ambiental, um dos principais pilares do Bioparque, 

A permanência do animal no Bioparque reforçará importantes pautas ambientais, dentre outras, a conscientização sobre os danos e impactos negativos da soltura de animais exóticos fora de sua região de origem, tráfico ilegal de animais silvestres e desequilíbrio ambiental oriundo de matanças desnecessárias.

Saúde e bem-estar animal

Cada detalhe foi feito para garantir o bem-estar da serpente. Foto: Acervo pessoal

Para garantir a saúde e o bem-estar do animal no empreendimento, a cenógrafa responsável pela idealização e ambientação do recinto, Diretora-Geral Maria Fernanda Balestieiri, se preocupou com os detalhes para assegurar à Rachel um ambiente que remetesse as características de seu habitat natural, além de ter sido cumprido integralmente os critérios exigidos pela normativa do Ibama.

Bioparque garante 2ª chance para jiboia Rachel Carson e reforça saúde e bem-estar animal como prioridades
Recinto atende normativa do Ibama. Foto: Acervo pessoal

Para tanto, o recinto conta com troncos, plantas, área molhada, toca com tapete aquecido (espaço de fuga), ambiente climatizado, substratos (areia, pedra e cascas) e lâmpadas UVA e UVB. Além disso, atividades de banho de sol são realizados para que Rachel tenha a oportunidade de explorar um ambiente externo com estímulos olfativos, sonoros e sensitivos. “Trata-se de um recinto sustentável, criado a partir de resíduos sólidos de construção civil, galhos e troncos oriundos de podas e quedas provocadas por temporais”, explica.

Ainda segundo Maria Fernanda, promover a educação ambiental é a chave para conscientizar as pessoas sobre a importância das serpentes e o papel vital que desempenham nos ecossistemas. “Através da divulgação de informações precisas e do incentivo ao respeito por todas as formas de vida, podemos construir uma sociedade mais consciente e comprometida com a preservação da natureza”.

Além do conforto oferecido no recinto, a serpente receberá cuidados da equipe de manejo, nutrição e bem-estar animal composta por médicos veterinários, biólogos e zootecnistas, que realizarão biomonitoramentos constantes a fim de proporcionar uma vida nova com qualidade, seguindo protocolos já validados.

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