sábado, 23 de novembro de 2024
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Repórter é demitido e recebe ameaça após reclamar do salário ao vivo

Na última terça-feira (5), Tomás Munaretto realizava entrevistas na rua sobre economia quando expôs as condições precárias do trabalho e foi surpreendido com sua demissão do canal Crónica, na Argentina, após desabafar ao vivo sobre o salário que recebia. Além do desligamento, o jornalista foi ameaçado pelo canal.

“Me pagam 1,7 mil por hora extra. Não posso contribuir, não é suficiente”, disse ao conversar com uma mulher que trabalha cantando em uma estação de trem.

“A menina que trabalha em casa ganha 3 mil por hora, como faço para pagá-la? Além disso, estou no azul. Não tenho férias, bônus ou auxílio social”, acrescentou. De acordo com a cotação atual, um peso argentino equivale e R$ 0,0058, ou seja, ele recebe apenas R$ 9,93 por hora extra.

Em suas redes sociais, ele esclareceu que foi demitido logo após o encerramento do programa: “Aconteceu o que todos pensavam que ia acontecer: me demitiram do canal. E a advogada também me disse que vai cuidar pessoalmente para que não me contratem em nenhum outro meio de comunicação”.

“A vida continua, não sei o que vou fazer, mas de uma forma ou de outra vou conseguir. Dentro da emissora, restam 50 ou 60 pessoas que estão na mesma situação irregular. Situação que eu estava, porque agora não tenho emprego”, concluiu.

*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

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