Maior produtor nacional de maçã, Santa Catarina espera uma safra de 500 mil toneladas em 2024, de acordo com a Epagri/Cepa.
O mercado da maçã em Santa Catarina vive um período de alta nos preços, impulsionado pela combinação de estoques reduzidos da safra passada e a entrada tardia da nova produção.
Segundo dados da Epagri/Cepa, a expectativa para a safra é de uma queda de 11% em relação à anterior. As principais regiões produtoras do estado registraram reduções na estimativa de produção:
- Campos de Lages: -13,6%
- Joaçaba: -0,2%
- Curitibanos: -2,6%
No último fim de semana, a cidade de São Joaquim, na Serra Catarinense, recebeu um evento que marcou o início da colheita no país.
No Brasil, cinco estados produzem aproximadamente 1,3 milhão de toneladas de maçã por ano.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santa Catarina lidera este ranking seguido por Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
Na região de São Joaquim, cerca de 2,6 mil agricultores familiares estão envolvidos na produção de maçãs em 14 mil hectares de área plantada.
No interior do município, o produtor Valdir Marafigo trocou a produção de batatas pelo pomar de maçã.
“Meus parentes foram trocando para a maçã e aí a gente viu que a fruta tem mais futuro. Faz oito anos que a gente faz a plantação em dois hectares aqui da minha propriedade. A coisa melhorou muito pra nós porque o serviço é mais tranquilo. Toda nossa renda sai daqui e agora não vamos mais sair da produção de maçã”, conta o agricultor.
Indicação geográfica
A Maçã Fuji da Região de São Joaquim, em Santa Catarina, conquistou em 2021 o selo de Indicação Geográfica (IG) na modalidade Denominação de Origem (DO), concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O reconhecimento garante a qualidade e a origem do produto, que se destaca pelo sabor adocicado, textura crocante e coloração avermelhada intensa.
Cultivada em altitudes acima de 1.300 metros, em um clima frio e úmido, a Maçã Fuji de São Joaquim apresenta características únicas atribuídas ao terroir da região. O solo vulcânico, rico em minerais, a amplitude térmica e a luminosidade abundante contribuem para o desenvolvimento de frutos com sabor e aroma excepcionais.
Por meio do selo, a fruta tem mais potencial de agregar valor econômico e conquistar novos mercados.