A Mercedes-Benz tem uma ótima linha de carros elétricos à venda no Brasil. São sete diferentes modelos que se dividem em algumas categorias e buscam atrair públicos bem distintos.
O Canaltech
já teve a oportunidade de testar alguns desses carros e fez a cobertura completa desses lançamentos, desde o início da ofensiva elétrica da montadora alemã, inaugurada no começo de 2020
, com o Mercedes-Benz EQC.
Com isso em mente, o Canaltech
vai te ajudar a descobrir qual desses carros elétricos da Mercedes-Benz vale mais a pena comprar. Como de costume, vamos considerar muitos fatores para essa escolha, deixando de lado as diferenças óbvias de preço e focando mais na experiência.
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Como entender a linha de elétricos da Mercedes-Benz?
A Mercedes-Benz tem uma estratégia bem clara com relação aos seus modelos elétricos, mas que podem ser divididas em duas fases. Na primeira fase, a montadora alemã aproveitou as plataformas já existentes em diversos carros e os adaptou para a motorização zero emissão, como são os casos de EQA, EQB e EQC. Já na segunda fase, surgem carros mais modernos e pensados desde o zero como opções elétricas, casos de EQE e EQS. O segredo, de novo, está na plataforma, como a EVA, pensada para veículos elétricos de alto nível.
Preste bem atenção nisso pois essas diferenças serão determinantes para que você escolha bem o seu Mercedes elétrico. Sendo assim, vamos começar já colocando aqui os dados de preço, autonomia e potência de todos esses carros:
Mercedes-Benz – Carros elétricos | |||
Modelo | Autonomia (ciclo WLTP) | Potência e Torque | Preço |
EQA |
496km | 190cv e 39,2 kgf/m | R$ 480.900 |
EQB |
472km | 190cv e 39,2 kgf/m | R$ 502.900 |
EQC | 450km | 408cv e 76 kgf/m | R$ 693.900 |
EQE |
645km | 245cv e 56 kgf/m | R$ 707.900 |
EQE SUV | 553km | 245cv e 56 kgf/m | R$ 689.900 |
AMG EQS |
580km | 658cv e 96,8 kgf/m – 761cv e 104,01 kgf/m (com pacote Dynamic Plus) | R$ 1.399.990 (R$ 1.799.990 com todos os opcionais) |
EQS SUV | 672km | 360cv e 57,1 kgf/m | R$ 998.900 |
Falta motor, sobra autonomia
Algo que detectamos nos testes com a maior parte dos carros elétricos da Mercedes é o desempenho apenas suficiente. Casos como do EQB e do EQA, que deveriam dar volume à montadora e colocá-la em uma posição mais competitiva nas vendas, mostram que a escolha pelo powertrain equivocado atrapalha — e muito.
Os motores desses dois modelos, vale dizer, não é ruim, mas concorrentes entregam mais potência por quase o mesmo preço, como o Volvo XC40
. O propulsor de 190cv e 39,2 kgf/m de torque vai bem no uso urbano, mas sentimos falta de fôlego em alguns momentos na estrada. Além disso, a construção desses dois modelos em específico tirou um pouco da dirigibilidade conhecida da Mercedes, dando a clara impressão de que a adaptação não saiu como o planejado.
Em compensação, todos os carros da marca que são elétricos, inclusive o EQA e o EQB, possuem ótima autonomia. E aqui, fica escancarada a maior preocupação da Mercedes quando pensamos em modelos elétricos: eficiência energética. No uso urbano, seja qual for a escolha, você estará bem servido.
O Mercedes EQE, por exemplo, tem autonomia oficial de 645km com uma bateria completa. É mais do que muitos carros a combustão a venda no Brasil. E tudo isso vem acompanhado de muito luxo, conforto e tecnologia
, apesar de, também, vir com um motor que parece subdimensionado para esse modelo. Aqui, assim como no EQE SUV, temos 245cv e 56 kgf/m. Pelo preço e pela proposta do carro, uns 400cv estariam de bom tamanho.
Se você quiser mais desempenho, terá que partir para a linha com final S, ou seja, o EQS SUV e o AMG EQS 53. Aqui sobra desempenho e autonomia, mas o dinheiro gasto também terá aumento proporcional. No caso do SUV, recém-lançado por aqui
, são quase R$ 1 milhão para 360cv e 57,1 kgf/m. O desempenho é bom, mas há opções pela metade do preço e que entregam até mais do que isso. Aqui, o diferencial será mesmo o chamamos aqui de “fator Mercedes”, que engloba a autonomia, tecnologia embarcada e o luxo extremo.
Então, pensando em todos os mundos possíveis, a escolha mais óbvia entre todos os carros elétricos da Mercedes acaba sendo o EQC. Mesmo sendo o mais antigo deles (a plataforma é a mesma do Classe C de 2014), ele consegue aliar bem os itens de “perfumaria” e o powertrain competente. São 408cv e 76 kgf/m, mais a autonomia de 450km. Isso sem falar no ótimo espaço interno e no design futurista.
Por que o Mercedes-Benz EQC é o que mais vale a pena?
Nós ressaltamos que o preço não seria tão determinante na escolha do Mercedes elétrico que mais valia a pena, então vamos nos ater somente ao que o carro entrega. Nesse caso, o EQC ainda é o mais equilibrado, mesmo sendo, de longe, o projeto mais antigo.
O ótimo conjunto composto pelo porte do carro, bateria e motor vai agradar a maioria dos clientes que estão em busca de um modelo elétrico premium. Há, claro, o luxo característico da Mercedes e o conforto que poucas montadoras conseguem entregar. Seria a nossa escolha caso tivéssemos dinheiro infinito? Não. Mas, claro, quando as cifras começam a rolar e a equação de compra começa a ser feita, difícil ignorar.
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