Dada a força cada vez maior dos furacões
na última década, alguns especialistas estão discutindo expandir a escala de intensidade usada para categorizar o fenômeno — nasceriam, assim, furacões de categoria 6 na Escala de Ventos de Furacão de Saffir-Simpson. A proposta é de cientistas da Universidade de Wisconsin-Madison e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.
Atualmente, a categorização de tais eventos vai apenas de 1 a 5, se baseando no máximo de velocidade de vento
sustentada. Na categoria 5, um furacão precisa ter velocidade de 252 km/h ou mais. Como várias tempestades ultrapassaram esse limite nos últimos anos, a falta de uma escala maior para definir o quão mais forte é o fenômeno têm sido sentida.
Furacões mais intensos
Quando um furacão atinge a categoria 5, danos consideráveis são vistos por onde passa, derrubando árvores e postes e destruindo casas. A área impactada acaba ficando inabitável por semanas ou até meses. Desde 2013, ao menos cinco tempestades já teriam atingido a proposta categoria 6, que seria definida por velocidades de 309 km/h ou mais.
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Estes foram o Furacão Patricia e os Tufões Meranti, Goni, Haiyan e Surigae. O primeiro atingiu o México e partes dos Estados Unidos em 2015, com velocidades de até 346 km/h em seus ventos, sendo o mais poderoso ciclone tropical
do hemisfério ocidental. Com as mudanças climáticas, a tendência é só piorar — e os furacões, inclusive, influenciam de volta no aquecimento oceânico
.
Temperaturas mais altas na superfície marinha dão mais energia aos furacões
, aumentando sua intensidade e a velocidade de seus ventos. Além disso, eles podem acabar ficando mais lentos, ficando mais tempo nas áreas atingidas e causando mais estragos. Nenhuma agência oficial adotou a categoria 6 para a Escala Saffir-Simpson, mas ao menos desde 2019, com o Furacão Dorian, a ideia tem sido ventilada por outros especialistas.
O problema da escala com 5 níveis é que o mais extremo deles têm deixado abertura para nos perdermos na classificação — como qualquer velocidade maior do que 252 km/h é considerada, perdemos o referencial. Em uma época de ciclones mais fracos, talvez não fizesse sentido aumentar os níveis, mas agora, faz. À medida que crises climáticas pioram, fica mais provável ver tempestades mais sérias, e a adoção da nova categoria vai acabar se tornando iminente.
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