Amostras do asteroide Bennu têm composto encontrado em mundos com oceanos
O asteroide Bennu pode ter sido parte de algum mundo inusitado, talvez coberto por vastos oceanos. É o que sugerem análises preliminares de amostras da rocha espacial coletadas pela missão OSIRIS-REx
em 2020 e trazidas à Terra em um contêiner, liberado sobre Utah, nos Estados Unidos, em setembro de 2023.
Dante Lauretta, principal investigador da missão, conta que ele e seus colegas receberam mais de mil partículas de tamanhos variados. Elas contêm quantidades significativas de água ligada a minerais como argila, e são ricas em carbono, nitrogênio, enxofre e fósforo.
Segundo ele, as primeiras análises do material mostraram que, em relação aos isótopos, parece “distinto e diferente de qualquer outro na coleção de meteoritos
”. Além disso, Lauretta destacou também que as amostras do Bennu contêm uma crosta de fosfato nunca vista antes em meteoritos.
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O fosfato já foi detectado em grandes quantidades em mundos cobertos por oceanos — a lua Encélado
, de Saturno, tem um oceano subterrâneo de água líquida e é rica no composto —, o que sugere que Bennu seja um fragmento de algum antigo mundo com oceanos. “Isso é altamente especulativo, mas é a melhor pista que tenho agora para explicar a origem do material”, observou Lauretta.
Estas e outras descobertas devem ser reveladas detalhadamente durante a 77ª Conferência de Ciência Lunar, que vai acontecer no estado do Texas, nos Estados Unidos, em março. Até o momento, mais de 70 resumos dos resultados científicos
já foram enviados para o evento. “Vamos ter muitas coisas legais acontecendo nos próximos meses, então fiquem atentos!”, finalizou Lauretta.
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