O pistache tornou-se um fenômeno gastronômico no Brasil, conquistando os paladares dos consumidores e impulsionando as importações da oleaginosa para um patamar recorde de US$ 8,8 milhões em 2023, equivalente a 608 toneladas. Um levantamento realizado pela Vixtra, fintech de comércio exterior, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior, revelou um crescimento expressivo de 97% nas importações em comparação com 2022.
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O estudo abrange duas décadas, a partir de 2003, quando as importações de pistache no Brasil eram modestas, totalizando US$ 0,4 milhão. Em 2013, houve um pico significativo, atingindo US$ 7,3 milhões. Nos anos seguintes, as importações declinaram, chegando a US$ 2,8 milhões em 2021.
O cenário mudou em 2022, com o pistache ganhando destaque em diversas receitas e despertando a curiosidade dos brasileiros, resultando em US$ 4,5 milhões em importações. Em 2023, a oleaginosa atingiu seu ápice, com um crescimento impressionante de 97% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 8,8 milhões.
Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, destaca a necessidade de importação devido às condições climáticas, explicando que o Brasil não cultiva o produto em escala comercial. O levantamento revela que os Estados Unidos são os principais exportadores, respondendo por 77,7% das exportações (US$ 6,8 milhões), seguidos pela Argentina com 18,2% (US$ 1,6 milhão) e Irã com 4,1% (US$ 0,4 milhão).
Baltieri analisa as razões por trás do destaque desses países, citando a extensa área cultivada na Califórnia, solo e clima adequados na Argentina, e a tradição no cultivo do pistache no Irã.
Para 2024, as expectativas são de continuidade no aumento das importações, impulsionadas por datas comemorativas, como a Páscoa, com ovos de chocolate recheados com a iguaria. Espera-se um esforço contínuo para garantir fontes confiáveis de fornecedores globais e assegurar um abastecimento consistente no mercado brasileiro.
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